AMOR PROIBIDO

Amiga...
Desculpa se entro pelos teus olhos
como raios de um sol abrasador
Se depois...
escorrego neles em nebulosidade
em cristais de sal que se desfazem
Nas inadiáveis promessas amordaçadas
que se calam mas nunca morrem...
Perdoa, amiga!
Se esculpo no teu corpo as estrelas
e logo depois fujo delas
com medo da atrocidade do tempo
e das vis certezas dos outros!
É que por mais que queira não esqueço
que a vida é uma selva intrigante
que me assusta e devora...
Não te posso amar agora!
Ah... amiga...
Perdoa... perdoa...
Se não desfaço as mentiras que te digo
e me entrego em plena consciência
a esse amor diferente que me atordoa!
Amiga, perdoa...
Se cubro o meu corpo com a lua
E me entrego a ti amargamente nua
Apesar do medo caótico que sinto
Porque não te minto?
Porque insisto?
Amiga, perdoa...
Já que o meu corpo fala
de uma verdade,
que eu simplesmente rejeito!

VÓNY FERREIRA

PS: - Do meu romance "O Despertar da Mariposa"

NOTA: Todos os poemas, e textos estão registados
Registo nº3329/2008 (Último Registo efectuado em Março 2009) Soc. Portuguesa de Autores e IGAC