Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
Na natureza incontrolável e imprevisível há canções
Na ondulação perpétua de sua excelência “Adamastor”
Que disputa a terra com as ribeiras em furor e sem temor
Da minha cidade galgaram todas, todas as inspirações
As ribeiras, suas excelências quiseram ser monstros rios
Por horas na convocação secreta de entulhos, pedregulhos
E matagais formaram um aluvião e foram tampão das muralhas
Nas batalhas de décadas de labor amor e sabedoria, sobram migalhas
De uma guerra, sem guerra que a lama ainda cavalga no gasto suor
Ainda quando tudo, tudo é ainda angustia em flor e tempestade
Toda a inspiração maligna bate-me e combate-me em destruição
Vista marcha solitária de fado eterno… saudade…é minha cidade
…e o nevoeiro ainda sobre o lamaçal teima em desaparecer
Mas há um prisma de luz que renasce sobre a dor e aflição
Força é ser sábio governante que apela ao povo RENASCER!
Maria Luzia fronteira
Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
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Comments
Re: Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
O nevoeiro vai levantar... e o jardim vai continuar a brilhar como sempre brilhou no coração de Portugal.
Beijinho para ti Amiga
Coragem!
Carla
Re: Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
Um poema q espelha bem a tragédia q vitimou a nela pérola do Atlântico, adoro a Madeira (adoro bolo do caco, espetadas, filetes de espada, pudim de maracujá, engordo sempre qd aí vou!!)...
Realço a parte q mais me tocou
"Nas batalhas de décadas de labor amor e sabedoria, sobram migalhas
De uma guerra, sem guerra que a lama ainda cavalga no gasto suor"
O povo madeirense tem duas características q muito aprecio, são extremamente alegres (não esmorecem facilmente) e muito trabalhadores! O verdadeiro nobre povo!
Beijinho em ti!
Inês