Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
Na natureza incontrolável e imprevisível há canções
Na ondulação perpétua de sua excelência “Adamastor”
Que disputa a terra com as ribeiras em furor e sem temor
Da minha cidade galgaram todas, todas as inspirações
As ribeiras, suas excelências quiseram ser monstros rios
Por horas na convocação secreta de entulhos, pedregulhos
E matagais formaram um aluvião e foram tampão das muralhas
Nas batalhas de décadas de labor amor e sabedoria, sobram migalhas
De uma guerra, sem guerra que a lama ainda cavalga no gasto suor
Ainda quando tudo, tudo é ainda angustia em flor e tempestade
Toda a inspiração maligna bate-me e combate-me em destruição
Vista marcha solitária de fado eterno… saudade…é minha cidade
…e o nevoeiro ainda sobre o lamaçal teima em desaparecer
Mas há um prisma de luz que renasce sobre a dor e aflição
Força é ser sábio governante que apela ao povo RENASCER!
Maria Luzia fronteira
Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1854 reads
Add comment
other contents of Manuelaabreu
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aphorism | Ei-lo como jaz…o futuro | 3 | 543 | 10/17/2009 - 11:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Megalomania | 4 | 675 | 10/17/2009 - 00:56 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | Delicadas rendas frias, quentes tecidas são minhas palavras | 2 | 916 | 10/17/2009 - 00:42 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | A noite espelha apenas uma ínfima claridade…apenas | 4 | 481 | 10/17/2009 - 00:18 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Embriagada | 3 | 713 | 10/13/2009 - 00:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | És a voz da justiça | 3 | 667 | 10/11/2009 - 17:15 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Na sequência do poema formal | 2 | 787 | 10/10/2009 - 15:46 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Este caminho de verso, composto de poemas de canções | 2 | 829 | 10/09/2009 - 18:45 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Samaritano | 3 | 510 | 10/06/2009 - 15:45 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | São aspectos da criação…decretos | 4 | 468 | 10/05/2009 - 15:19 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | O senhor tempo é a verdadeira disciplina da humanidade | 2 | 613 | 10/02/2009 - 16:30 | Portuguese | |
Poesia/General | É noite | 2 | 840 | 10/01/2009 - 04:47 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | ..submarinos descem e sobem mares os salgados | 1 | 605 | 09/28/2009 - 17:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Uma música fúnebre dispersa o nosso universo de amor | 0 | 781 | 09/28/2009 - 17:24 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | In.consciente | 0 | 831 | 08/27/2009 - 21:59 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Senhor atendei a minha oração | 4 | 685 | 08/24/2009 - 22:15 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | …e o prazer é meu portal | 3 | 713 | 08/23/2009 - 12:06 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Ainda antes da partida | 3 | 761 | 08/21/2009 - 23:14 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Absurdo | 4 | 764 | 08/21/2009 - 00:47 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O tempo que muda o tempo | 1 | 654 | 08/20/2009 - 22:04 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Em linhas de fuga vou pintar-te um quadro | 1 | 708 | 08/19/2009 - 11:32 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Na sequência do poema formal | 4 | 751 | 08/19/2009 - 11:22 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Saudade…saudade | 2 | 602 | 08/19/2009 - 11:12 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Finjo que não sinto que sinto | 0 | 895 | 08/18/2009 - 23:03 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Mãe…única certeza do futuro mãe | 2 | 950 | 08/17/2009 - 21:49 | Portuguese |
Comments
Re: Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
O nevoeiro vai levantar... e o jardim vai continuar a brilhar como sempre brilhou no coração de Portugal.
Beijinho para ti Amiga
Coragem!
Carla
Re: Funchal, 20 de Fevereiro de 2010
Um poema q espelha bem a tragédia q vitimou a nela pérola do Atlântico, adoro a Madeira (adoro bolo do caco, espetadas, filetes de espada, pudim de maracujá, engordo sempre qd aí vou!!)...
Realço a parte q mais me tocou
"Nas batalhas de décadas de labor amor e sabedoria, sobram migalhas
De uma guerra, sem guerra que a lama ainda cavalga no gasto suor"
O povo madeirense tem duas características q muito aprecio, são extremamente alegres (não esmorecem facilmente) e muito trabalhadores! O verdadeiro nobre povo!
Beijinho em ti!
Inês