Tempo de Roubar Ensejos

Disperso no funesto embalar taciturno,
Absorto móbil do mudo verso convulsivo.
Envolto no langaroso fluido soturno,
Engolidas agruras salivadas no papel vivo.

Forjar modo alheado ao imerso nocturno,
Funéreo furto do teu ensejo embevecido.
Erigir meio ou forma na imensa noite,
De Roubar lutuoso o teu ensejo enaltecido.

E por findo, o teu ultimo sopro ou sorrir,
Roubar-te todos os que puder cobrir,
Até que venha a nós a funesta festa.

E aqueles por mim perdidos,
Ao lado passados e sofridos
Que sejam esputados! a outro mais tolo.

Pedro Martins

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Thursday, May 20, 2010 - 18:35

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