Crónicas de Jasmim - 3 - O Duende
No silêncio, recente amarga mágoa, atroz!
Ecos de um murmurar acossando a mudez,
Surge o velho duende, o seu nome Albatroz
Um caminhante-sem-Deus, existência feroz!
O cavaleiro ergue-se numa investida defensiva,
E desembainha a sua espada em riste,
Relembra de Jasmim, da sua vã, perdida missiva,
Sucumbe e lacera: – O amor que feriste!
De joelhos, prostrado com a espada ao lado caída,
Eleva ao rosto um punhado de terra húmida,
Suspira e chora o seu nome, alvor agora de saída,
Inalando réstia de odor, flor de Jasmim… já ida.
O duende, complacente a tal acto, proferiu:
– Eu vi, levada a sua amada, agrilhoada,
Aferroada por correntes de espinhos, e feriu!
À salva da Infanta, epopeias e ressalvas,
Iremos na demanda, a sina malfadada!
Pedro Martins
Crónicas de Jasmim
(Poesia in'Romance)
Parte Um: A Caminhada
1 - Era uma vez...:
http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=26807
2 - O Cavaleiro:
http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=29466
3 - O Duende
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Comments
Re: Crónicas de Jasmim - 3 - O Duende
Claramente isto é o meu mundo, os chamados mundos de capa e espada.
Ressalvo:
O duende, complacente a tal acto, proferiu:
– Eu vi, levada a sua amada, agrilhoada,
Aferroada por correntes de espinhos, e feriu!
À salva da Infanta, epopeias e ressalvas,
Iremos na demanda, a sina malfadada!
muito bom de ler