Vultos
Tão breve quanto a luz que nasce dos teus olhos
E sim, chegaste tão tu
Tão somente virgem e inalterável
E eu, fiquei a ouvir-te
Sentada no morro que me sufocava
Reorganizando-me
E concentrando-me
Nesse sonambulismo grotesco
Nessa masmorra sinuosa
Onde as ideias te sangravam a mente
Galguei muros, e imbui-me de foros novos
Mas não atingiste a verdade dos meus olhos
E caíste do alto
Como pedra acossando os lobos
E abalaste pelos matagais
Adentro de uma imensa conjuntura
Onde os momentos se declinam
Por verem um mundo inteiro a cair no vazio
Por fim assomaste-te o inverso da única certeza
Que há em nós
Militantes de uma guerra há tanto tempo esquecida
Mas eu não me evadi
Queria saber de ti
Entrar no teu círculo
Saber-te na tua fantástica viagem
Aos confins de um mundo
Que já foi teu
E que agora me queres doar
Sem dívidas a cobrar
Confundi as cores dos teus olhos
E não atingi a tua verdade
Aquela que rolava pela tua face rubra
De ódio contido onde os vultos se escondem
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1067 reads
Add comment
other contents of ÔNIX
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Videos/Profile | 99 | 0 | 1.210 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Videos/Profile | 98 | 0 | 1.454 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Videos/Profile | 97 | 0 | 1.690 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Videos/Profile | 96 | 0 | 1.034 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Videos/Profile | 95 | 0 | 937 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Videos/Profile | 94 | 0 | 2.279 | 11/24/2010 - 22:48 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3736 | 0 | 2.079 | 11/24/2010 - 00:58 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3737 | 0 | 2.558 | 11/24/2010 - 00:58 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3674 | 0 | 1.682 | 11/24/2010 - 00:51 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3741 | 0 | 978 | 11/24/2010 - 00:46 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3722 | 0 | 1.435 | 11/24/2010 - 00:46 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3721 | 0 | 1.191 | 11/24/2010 - 00:46 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3018 | 0 | 1.296 | 11/24/2010 - 00:46 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3669 | 0 | 1.352 | 11/24/2010 - 00:39 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3673 | 0 | 1.374 | 11/24/2010 - 00:39 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 1577 | 0 | 1.695 | 11/24/2010 - 00:39 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 3602 | 0 | 1.813 | 11/24/2010 - 00:36 | Portuguese | |
Fotos/Profile | 772 | 0 | 1.273 | 11/24/2010 - 00:34 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Procura | 0 | 1.644 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Pircing | 0 | 2.174 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Pnas | 0 | 1.716 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Véus | 0 | 1.173 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Véus | 0 | 1.801 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Espelho meu, espelho meu | 0 | 2.414 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese | |
Fotos/Bodies | Uma questão de pele | 0 | 1.195 | 11/20/2010 - 06:16 | Portuguese |
Comments
Re: Vultos
"Mas não atingiste a verdade dos meus olhos
E caíste do alto
Como pedra acossando os lobos
E abalaste pelos matagais
Adentro de uma imensa conjuntura
Onde os momentos se declinam
Por verem um mundo inteiro a cair no vazio"
Gostei muito de ler o poema.
:-)
Re: Vultos
Assegurei-me que te sacudirias
Tão breve quanto a luz que nasce dos teus olhos...
E sim, chegaste tão tu...
Nessa masmorra sinuosa
Onde as ideias te sangravam a mente...
Galguei muros...
Mas eu não me evadi...
Aos confins de um mundo
Que já foi teu...
E não atingi a tua verdade...
Vultos se em sombra mas!!!
O encontro da alma ainda em procura de uma metade que não foi inteira!!!
Adorei este poema Ônix!!!
:-)
Re: Vultos
Há tempos não lia o sentimento que sua poesia escreve em mim.
Abraços,
Alcantra
Re: Vultos
Nas palavras se tropeça, nas essências se erra. A percepção engana, a razão atordoa e nem sempre analisa bem...chegar à verdade do outro pode ser mais arduo que escalar Anapurna. E no entanto, não tentar é recusar experimentar.
Mesmo que a verdade no fim não seja mais que um vulto distante ou um fantasma de ódio.
Re: Vultos
Querida poeta,
Creio que estes versos como que resumem todo o poema. A ilusão criada pelos nossos olhos, o mundo a cair no vazio, e a conclusão final, a lição. Para ler e viajar...
Beijinhos,
Clarisse