Carta para ti
Querida mana (Amigantiga):
As tuas palavras em pura poesia têm-me feito deslizar à tona de água, não me deixando afundar.
Depois, a liberdade é pouco para o que quero.
E o universo em equilíbrio, não me aceita sem ser na Lua Cheia, em que me transformo e desdobro em fantasias de azul.
As marés levam-me e trazem-me de volta, sem eu me aperceber das mudanças.
Apenas sei que é noite dentro do meu peito, quando o silêncio perturba os t(r)ocares de corpos.
Qual o segredo para que a minha alma fique leve, cada vez que me confortas?
Sim, tenho as memórias de nós. Numa caixa e no meu peito.
Continuaremos a desafiar e a descobrir os mistérios da vida. Juntas!
Até um dia em que sei (e tu sabes que eu sei) o farás com outra amiga.
É a inevitabilidade das lágrimas salgadas. Ou a teoria do caos, do "efeito borboleta".
Não acredito em coincidências, aleatórias ou fantásticas. Mas continuo a surpreender-me com acontecimentos por mais banais que pareçam.
Talvez porque não sei viver devagar. Ou vivo depressa demais...
Nunca te direi adeus, porque não sei despedir-me.
Mas quero que saibas, que quando partir, fui muito feliz.
É assim que quero que me lembres.
Um beijo
Até logo.
(Por vezes sei que sou insuportável. Teimosa. Arisca e irascível.
Tenho passado estes últimos dias a relembrar lugares da infância.
E estás sempre tão presente, numa força que me faz permanecer).
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