Espirito de Juraci
Um homem de cinqüenta anos teve um encontro com o seu passado ao voltar a uma praia onde ele havia passado a maior parte da sua infância, na época tinha doze anos, e depois dali foi afastado pela sua família que tinha que mudar-se, então ele fitou a praia, fitou o morro de pedras que ficava ao lado da praia, olhou para o céu, e falou: - tempo, porque não parou para mim ou em mim, deixando-me aqui com os meus dose anos, e o tempo se é que ele responde falou aos seus ouvidos, só ele conseguia ouvir as palavras que o tempo dizia,-ora Raimundo se chama-se, Raimundo é claro que tinha que cair no mundo, pois seu nome já diz, foi feito para o mundo,então levantou a cabeça e viu um menino olhando pra ele,logo o reconheceu, era seu amigo de infância que chamava-se Juraci.e foi logo perguntando ao Juraci, - porque continua menino e somente ele envelheceu? E o menino disse: - não sabe? O meu nome é Juraci e se eu sou Juraci é claro que tinha que ficar por aqui, e é por isso amigo que eu não envelheci. E aos poucos foi desviando as suas vistas do amigo, em seguida olhou para o lado, para ver um peixe que havia na água pulado, quando voltou a olhar para o menino, ele já não estava lá, nessa hora ele foi avisado por um senhor que passava, que naquele lugar exatamente onde ele estava, há anos atrás morria um menino afogado, e ele responde: -sim mas o que isso tem a ver com o meu amigo que estava aqui e o senhor dar-lhe as costas e como num passe de mágica desaparece entre o mar e o morro e ele meio atordoado com aquelas inexplicáveis aparições começou a cair em si que não era a toa que aquilo estava acontecendo,deduziu que o seu amigo Juraci morreu ainda na sua infância e ele não ficou sabendo e aquele homem também deve fazer parte do lugar onde hoje encontra-se o seu amigo Juraci, e assim ele se conformou com a idade que tinha,e disse: - obrigado tempo,obrigado destino,obrigado espírito desse pobre menino, Deus obrigado, talvez se eu não caísse no mundo quem sabe também não morresse afogado.
Em seguida pegou a sua mochila jogada na areia, pegou o seu sapato que estava bem ao seu lado, sacudiu as areias que em ti tinha entranhado, andou alguns metros e entrou no seu carro e foi viver do presente deixando para traz por fim, o seu passado.
Submited by
Prosas :
- Login to post comments
- 3261 reads
other contents of gege
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Fantasy | Sol e chuva | 1 | 1.804 | 09/07/2010 - 13:26 | Portuguese | |
Poesia/Song | Assim não dá | 1 | 2.770 | 09/04/2010 - 17:57 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Por necessidade | 2 | 1.109 | 09/04/2010 - 10:35 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Sempre quieto | 3 | 1.294 | 09/02/2010 - 02:14 | Portuguese | |
Poesia/Song | Vive para beber | 3 | 1.511 | 08/30/2010 - 02:48 | Portuguese | |
Poesia/Song | Dormindo no sofá | 2 | 1.561 | 08/29/2010 - 00:47 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | É um tal de ... | 1 | 2.305 | 08/20/2010 - 23:14 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Ao dias das mães | 3 | 1.620 | 08/19/2010 - 23:38 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | É dificil ! | 4 | 1.881 | 08/19/2010 - 19:00 | Portuguese | |
Poesia/Song | Desmoronando | 2 | 1.646 | 08/18/2010 - 21:52 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Cada coisa | 1 | 1.572 | 08/17/2010 - 01:52 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O nascimento da minha segunda neta | 3 | 3.453 | 08/14/2010 - 17:02 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Droga, caminho contramão | 2 | 1.972 | 04/25/2010 - 14:05 | Portuguese | |
Poesia/Song | Carnaval é um palco | 2 | 1.399 | 04/22/2010 - 23:16 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Seu lugar jamais será ocupado | 2 | 2.563 | 04/22/2010 - 22:46 | Portuguese | |
Poesia/General | Consciência meu povo! | 1 | 1.113 | 04/17/2010 - 04:10 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Mar, um grande rival | 1 | 1.904 | 04/14/2010 - 22:35 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Vitimas | 0 | 4.922 | 04/13/2010 - 10:37 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Cobras | 1 | 1.635 | 04/11/2010 - 23:18 | Portuguese | |
Poesia/Song | Lembra? | 1 | 2.044 | 04/10/2010 - 18:27 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Para, criatura! | 2 | 2.234 | 04/09/2010 - 17:56 | Portuguese | |
Poesia/General | A solução | 1 | 1.838 | 04/06/2010 - 17:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Destruição ou solução? | 2 | 1.522 | 04/05/2010 - 18:59 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | Ainda não | 2 | 1.356 | 04/01/2010 - 19:12 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Imaginário pós festa do livraria café | 4 | 1.895 | 03/30/2010 - 00:48 | Portuguese |
Add comment