Rubra Janela da tarde

Qual liberdade escala vermelhos caminhos
Discutidos pela triste solitária noitinha?

Um som arqueado faz a despedida,
Somente um apagar e nada mais,
Mas nada pode com novidade calhar

Queria um céu soletrar vagarosamente seu nome
Feito nuvens ditas pela voz do claro azul invadido pelo rubro toque poente.
Queria algum deus olhar profundo nos teus olhos
Bem no instante onde o verde da montanha vaza... e monta.

Quereria somente dizer:
Quem tu és?
De onde vieste?

Agora que minha tarde é sua,
Escolha como ela se esvairá nos sonhos teus

Morre-se na diligência e tece teia acolá

Tenho de dizer-te minha linda cara,
Vou-me,
Mas seja novamente a luz
Que teus encantos acendem
Na alvorada melancólica de meus foscos dias.

Quereria somente compreender:
Quem tu és?
De onde vieste?
Tu és apenas do silêncio e de mais ninguém.

Submited by

Tuesday, December 15, 2009 - 20:25

Ministério da Poesia :

No votes yet

Alcantra

Alcantra's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 10 years 29 weeks ago
Joined: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Login to post comments

other contents of Alcantra

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Disillusion Cama sartriana 2 1.781 08/08/2009 - 01:53 Portuguese
Poesia/Intervention Ópium fumando Maio 4 1.171 08/05/2009 - 21:05 Portuguese
Poesia/Erotic À sorrelfa 3 1.357 08/05/2009 - 17:08 Portuguese
Poesia/Meditation Leitmotiv 1 1.714 08/05/2009 - 16:22 Portuguese