Os moinhos do norte
Uma grande engrenagem movimenta a terra
Uma imensa usina mantém acesa a luz do sol
As árvores terra micróbios ar água oceano peixes pássaros...
Somos todos nós engrenagens dentro duma grande caixa redutora
Para acoplar a engrenagem-terra.
O eixo é o universo.
Eu sou o dente quebrado em carbono e ferrugem,
Estou travado.
Dispenso os ideais, a filosofia dos loucos...
Atirei meu corpo em âncora ao oceano transbordado
Da taça do grande senhor,
Enquanto engolia a fio a carne do homem
Cuspindo os ossos para servir ao seu cão propenso e obeso.
Capturei o movimento pelo rabo e o amarrei
Na catapulta furiosa feita de pena de urubu.
Atirei-o contra as muralhas do estático.
Ventoinhas ventos ventania furacão...
Erupção centrífuga arrancando a pele dos corpos vivos
Numa ilha perdida na psique.
Estamos mortos e afogados num útero
Para nascermos sem escolha.
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Ministério da Poesia :
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