A Noite dos Tempos
A noite dos tempos
Ouço os mensageiros
O que era a noite sem dia?
Uma mentira por decifrar,
Um avião sem piloto
De cor azul
Diziam que se confundia
Com a aurora do crepúsculo
Tínhamos medo, de manhã,
Quando acordávamos
E bebíamos o leite sagrado
Da Deusa bela.
A profecia dizia algo,
Acredito que eram mentiras
Tão reais que eram tidas
Como a Verdade suprema.
Onde está o ponto de referência?
Referes o núcleo, alguma conexão?
O destino era um eco
A vida dividia-se por várias étapas definidas,
Persiste ainda hoje o desejo,
A crença nos rituais arcaícos.
O meu ponto de referência
são todos os momentos
(A minha curta vida)
Em que soam na minha alma
Os ecos etéreos,
Reflexos de vidas anteriores
Em que conhecia a beleza
E que procuro, desesperadamente,
Voltar a viver, sem os (me) encontrar,
À procura da noite sem dia.
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Poesia/General | O Nada é sempre um acaso | 1 | 663 | 01/11/2010 - 18:21 | Portuguese |
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