A Vida
Eu sei que estou vivo
Porque ainda faço coisas que me permitem apreciar a vida
Se um dia me roubam o sabores, cheiros, o toque dos amores
Perco-me, e desapareço da minha vista.
“Se eu souber que algo que tu faças vai matar alguém e não te impedir, isso faz de mim o assassino e de ti a arma?”
“E se esse alguém estiver a morrer? E nada do que possas fazer, te permite evitar que morra… mas mesmo assim, aquilo que fizeste, acabou por matar… não é a morte apenas “Morte”?”
“Se eu segurei a mão de alguém durante o seu ultimo suspiro… para que não morresse só, será que lhe tornei a passagem mais fácil, ou apenas dificultei a minha vida?”
“E… se eu chorar… serei fraco… ou apenas humano…? “
É proibido matar.
É permitido sofrer.
É tabu falar de eutanásia.
É macabro ver alguém morrer.
É estranho mexer em cadáveres.
É inútil tentar seja o que for, por vezes.
É segredo saber lidar com a morte dos outros.
É impossível ser objectivo depois de sentir certas emoções.
Morrer de cancro do pulmão com metástases espinhais numa cama de medicina à 1:36 da manhã com um enfermeiro a dar-vos a mão depois de administrar a ultima dose de analgésicos prescritos pela equipa médica… é… digam-me vocês… o que é?
PS: Desculpem a categoria e o titulo, mas foram propositadamente para enganar.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1436 reads
Add comment
other contents of Obscuramente
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Disillusion | Não me mandes calar! Porra! | 3 | 460 | 04/15/2009 - 14:59 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Sombras na vida | 2 | 454 | 04/14/2009 - 13:59 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dor Nocturna | 1 | 618 | 04/14/2009 - 01:45 | Portuguese | |
Poesia/Passion | A Letra do Pecado | 2 | 655 | 04/12/2009 - 19:52 | Portuguese | |
Poesia/Love | Porque choras pequeno anjo? | 2 | 801 | 04/12/2009 - 19:49 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Ode das prostitutas | 2 | 651 | 04/11/2009 - 21:47 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Não quero flores | 1 | 589 | 04/06/2009 - 12:04 | Portuguese | |
Poesia/Love | Como eu te adoro | 1 | 687 | 04/03/2009 - 18:58 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Sei..? Não sei… | 1 | 619 | 04/03/2009 - 18:53 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Curvas de mulher | 2 | 916 | 04/03/2009 - 18:22 | Portuguese | |
Poesia/Love | O ritmo do mar… | 2 | 461 | 04/02/2009 - 18:29 | Portuguese | |
Poesia/Love | Sei quem és… | 6 | 518 | 04/02/2009 - 14:05 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Jogos de pintura | 3 | 696 | 04/02/2009 - 14:00 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Guarda este silêncio | 0 | 613 | 04/01/2009 - 21:52 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Entre aspas | 1 | 852 | 03/31/2009 - 22:03 | Portuguese |
- « first
- ‹ previous
- 1
- 2
- 3
- 4
Comments
Obscuramente humano e
Obscuramente humano e forte.
Abraço.
Vitor.
apenas humano
Estás desculpado, pois nunca me soube tão bem ser enganado!!!
Um poema fatal qual o seu contexto, uma forma bastante interessante de fintar os sentimentos que a morte nos espeta na alma!!!
:-)
Muito obrigado Enrique.
Muito obrigado Enrique.
Sem dúvida um texto
Sem dúvida um texto instigante ...
até onde vai o limite do ser humano ?
até onde ele não vai , fica parado na estação da vida ?
Excelente reflexão !!!!
beijos
Susan
O problema não é estar
O problema não é estar parado, é estar preso...
Obrigado pelo comentario.