Lágrima de nada
Esta lágrima é uma lágrima de nada
Nela sobrevive o desespero de te querer desesperada
louca na minha loucura
conhecendo o destino
entregando no teu corpo o futuro
desenhando nos teus lábios promessas
sabendo que estaria aí
perto do fim do meu passado
abrindo essa porta no limiar dos teus olhos
abandonando-me na tua pele
Esta é uma lágrima de nada
sem sal
profundamente líquida
como a ponta dos meus dedos no teu peito
E, tu que secaste as minhas lágrimas, devolveste-me um mar de dor
(diariamente a tua não-presença continua a assombrar-me...)
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Monday, February 7, 2011 - 04:00
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Comments
damm "E, tu que secaste as
damm
"E, tu que secaste as minhas lágrimas, devolveste-me um mar de dor"
muito bonito,
Lágrima de nada
"Esta lágrima é uma lágrima de nada".
O demonstrativo isola a lágrima desse vale, enquanto a repetição e a anáfora dão força ao vazio que tenta fundir-se com o outro, adiando a negação que escorre, líquida, em todos os gestos, em todas as carícias... subsistindo o assombro, a ponte entre o ser e o não-ser.
Beijo
Quimeras