A Persistência da memória

Este velho hábito de me esquecer de te esquecer
de me perder nas sombras dos meus olhos

Cair dentro de mim, ao tombos
com a destreza nova de uma fadiga antiga

Cair desenganada, cair no desconhecido
no infinito do nunca, do nunca que não se agarra e que não se pode ter

Olhar a distância, desvirtuando a consciência
sentir a ausência do tempo em meus descompassados passos

Esquecer um passado cuja a persistência estimula o
desenterrar da memória que ainda perdura e se esquece de me esquecer.

Inspirado no quadro de Salvador Dali “A persistência da Memória”

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Friday, June 27, 2008 - 00:54

Poesia :

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Comments

ConceiçãoBernardino's picture

Re: A Persistência da memória

O nunca do nunca onde tudo se enontra...tudo e nunca se vê a beleza com que a saboria abraça as tuas mãos e a tua mente.

Bj

Ajota's picture

Re: A Persistência da memória

É... pode não ser "hábito"... antes uma "proibição consentida"...

Beijo *

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