Noturno(pelas normas)
Corre-me um frio de liberdade na pele,
que entra pela janela deste quarto.
Sinto-me calmo como as nuvens
que se formam e que se desfazem
enquanto o vento agita as folhas e o lixo e os cabelos.
Tenho vontade de dizer a mim mesmo
"atira-te e voa que és capaz",
"encontra acima da terra que pisas o sabor que precisas,a adrenalina de seres tu".
Tenho vivido como um louco,
absorvido a noite como uma esponja,
conhecido tantas caras, tantos nomes, tantos feitios.
Amigos que se amam, desconhecidos que se beijam,
hercules que se batem porque perderam a razão.
Assisto ao nascer do futuro de olhos abertos,
esboço sorrisos em cada ocasião
e tento encontrar-me dentro de cada um.
O sol entra agora pela janela, frouxo, como se dissesse adeus,
é chegada a hora de viver.
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Poesia/Intervention | Revolução | 0 | 848 | 03/05/2011 - 02:34 | Portuguese |
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