Prelúdio (Sidónio Muralha)

A minha Poesia é uma árvore cheia de frutos
que um sol de tragédia amadurece;
mas eu não os arranco nem procuro:
- o meu sol de tragédia aquece, aquece,
e o fruto cai de maduro.

No resto, sou empregado de escritório
que não procura desvendar abismos,
e passo o dia (glorioso ou inglório)
a somar algarismos...

A minha Poesia é um árvore cheia de frutos
que um sol de tragédia amadurece;

mas eu não os arranco nem procuro:
- sei a miséria da estrada percorrida;
o meu sol de tragédia aquece, aquece,

- e o fruto cai de maduro
no chão da minha vida.

Sidónio Muralha.

Submited by

Wednesday, June 29, 2011 - 10:40

Poesia :

No votes yet

AjAraujo

AjAraujo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 7 years 4 weeks ago
Joined: 10/29/2009
Posts:
Points: 15584

Add comment

Login to post comments

other contents of AjAraujo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Dedicated Auto de Natal 2 4.745 12/16/2009 - 03:43 Portuguese
Poesia/Meditation Natal: A paz do Menino Deus! 2 6.434 12/13/2009 - 12:32 Portuguese
Poesia/Aphorism Uma crônica de Natal 3 5.070 11/26/2009 - 04:00 Portuguese
Poesia/Dedicated Natal: uma prece 1 3.855 11/24/2009 - 12:28 Portuguese
Poesia/Dedicated Arcas de Natal 3 6.754 11/20/2009 - 04:02 Portuguese
Poesia/Meditation Queria apenas falar de um Natal... 3 7.645 11/15/2009 - 21:54 Portuguese