Lágrimas do leão cego

Terás que abrir seus brancos vazios cadernos em peremptórias mandíbulas centáureas. Esta feita enfrentará o ninho das aves que não dormem sobre os cantos do antes... Da crematória em castanhas madeixas arquitetadas em atmosferas vibráteis á mercê do teu enfado mau astro andarilho.

Surge no beco o asco (encurralo de si) em cargas de fogo dum funeral eléctrico abaratinado em sarcasmos estonteantes dos semblantes com rostos de nata e narizes de topo a olhar mais acima do que o rosno de seus pulsos. Se, novamente, tão assim, novamente! Tua cadência esmurrada abrir a boca com pouca saúde de poesia...! Quereria um adeus dos loucos daqueles a estar noutro estranho riso perdido de mira cega, com dote a perder-se no mundo dos aflitos.

Mais um lanço, peço-lhe com sutileza, daí com dúvida de sombra intimar-te-hei ao culto das cascas, mais uma alta árvore (tronco de lápis).

-Tu esganiças de maneira boba de cão! Tu devoras os ossos, mas não sabe de ventos que assopram enganos. Basta escolheres, só não caia como da última vez, quando do tirar de botas o vi lá embaixo das formigas do jardim e no canteiro das flores comidas, nas latas de alecrins frementes a zombar do dia escondido da mata.

Olas brincalhonas afastaram-se de sua inocência com cutucadas de estacas pontudas deferidas por ondas preguiçosas... vindas do fim - firmamento do não estro. Nada mais resta para um pobre de costas para flores de Ipês em altas flores, nada mais resta para o pescoço dado à guilhotina, enquanto espinhos lentamente alcançam arquejo coito de alma afã inato encostado às preces tipo óbito, tipo só, sem funeral... em dias de mortes, nem letras epístolas. Pôde aqui sentir o invisível, já que o epílogo deita-se com outra amante.

Submited by

Viernes, Marzo 9, 2012 - 15:13

Prosas :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 20 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Críticas/Libros Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom 0 2.619 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Cine O LIBERTINO 0 1.975 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Libros ULISSES de JAMES JOYCE 0 2.354 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Prosas/Drama Idas da Volta que ainda não sou 0 2.215 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Otros Apenas num jornal 0 1.319 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Drama Saliva ácida 0 2.141 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Poesia/Meditación A hipocrisia do verme 0 2.307 11/17/2010 - 23:53 Portuguese
Poesia/Amor Simplesmente Ela 4 1.187 09/11/2010 - 01:47 Portuguese
Poesia/General Emulação da candura 2 1.161 09/09/2010 - 17:20 Portuguese
Poesia/General Falésias debruçadas 4 1.362 08/28/2010 - 16:31 Portuguese
Poesia/Aforismo Rubra Janela da tarde 2 1.312 07/30/2010 - 18:42 Portuguese
Poesia/Intervención Ziguezagueia destino ziguezagueante 3 1.233 07/18/2010 - 14:12 Portuguese
Poesia/General Os trilhos estão indo... 3 1.031 07/05/2010 - 04:27 Portuguese
Poesia/General Laços da língua 1 1.350 06/18/2010 - 02:22 Portuguese
Poesia/Aforismo Arma que se arma 1 1.248 06/02/2010 - 17:06 Portuguese
Poesia/General Último dia Último 7 924 05/26/2010 - 19:35 Portuguese
Poesia/General A poesia está morta 2 1.025 05/15/2010 - 04:21 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 1 1.459 05/09/2010 - 22:32 Portuguese
Prosas/Otros A criação do Demônio Interior 1 1.814 04/26/2010 - 19:19 Portuguese
Poesia/General Triste aperto de mãos 5 1.481 04/22/2010 - 23:29 Portuguese
Poesia/Intervención Entretanto, vicissitudes... 4 1.094 04/19/2010 - 16:18 Portuguese
Poesia/General Selo de poesia 5 1.355 04/12/2010 - 16:16 Portuguese
Poesia/Intervención Ferro quente 5 1.069 04/10/2010 - 18:33 Portuguese
Poesia/Amor Cativo 4 1.458 04/06/2010 - 00:36 Portuguese
Poesia/General Colar boca a boca - Soltar boca da boca 3 1.130 03/31/2010 - 19:55 Portuguese