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Selo de poesia

Vigília prismática antevê marés risos à tona
Enjôos maceram feições da carne Gibraltar
Um gesto bávaro ao largo
Cospe o ceifar dum pulso adulto nas trevas da infância

Olhos peninsulares e ouros perdidos,
Células resplandecentes quebram hereditários traços

Foste o titânio derretido no forno do sensível
Na caloria inocente do toque e da brandura

Moles palavras que olham
Luzes embrenhadas em oculta negra caverna

És a luz que murmura vossas vertigens meteóricas

Ao solo dois joelhos
Compassam quadris.
No movido corpo em esse,
Rodeiam anjos vivos na maldade humana
Como vidas paralelas
Em planos opostos
Ou encaradas sentidas,
Não ouvidas, na sonolência da prisão do plano.
Rasga pano então há dor
Sentir até por
E por saber por
Não piora
Não fala
Não mata o que não é vida
Porque vida não mata o que não é morte

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quinta-feira, abril 8, 2010 - 01:14

Poesia :

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Alcantra

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Título: Membro
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Comentários

imagem de Henrique

Re: Selo de poesia

Foste o titânio derretido no forno do sensível
Na caloria inocente do toque e da brandura...

Fantástico!!!

Os teus poemas são sempre extremos!!!

:-)

imagem de ÔNIX

Re: Selo de poesia

Os teus poemas, ora alcançam a dureza granítica das terras de onde venho; (Nasci nas terras altas, e nas serras o granito sobressai, a par de uma grandeza enorme, quase a tocar o céu de onde se avista o rio), ora ganham esta suvidade estática de um momento meu em que te leio.

Uma nova vida nasce em mim, através das tuas palavras, pela força com que as imprimes.

Sela-se uma forte ligação que desconheço, mas que me sabe bem

Beijo para ti

Matilde D'ônix

imagem de Anita

Re: Selo de poesia

A morte em vida a vida na morte, talvez não se separam, sejam uma coisa só... apenas com ângulos diferentes. Foi o que peguei de tuas palavras para mim.
E deste poema não existem tons mais belos que estes: Olhos peninsulares e ouros perdidos.

Cumprimentos, Anita

imagem de Anonymous

Re: Selo de poesia

Cativou-me sobremaneira a profundidade do seu poema.
Gostei muito.
Destacaria...

Ao solo dois joelhos
Compassam quadris.
No movido corpo em esse,
Rodeiam anjos vivos na maldade humana
Como vidas paralelas
Em planos opostos
Ou encaradas sentidas,
Não ouvidas, na sonolência da prisão do plano.

Vóny Ferreira

imagem de mariamateus

Re: Selo de poesia

Alcantra

Sentir até por
E por saber por
Não piora
Não fala
Não mata o que não é vida
Porque vida não mata o que não é morte

Um misto de vertigens em murmúrio ....

Bom poema, bem selado poeticamente!

Abraço-luz

mm

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