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Saliva ácida

Um blues aos ouvidos cavava na longa invernada os restos dum cadáver ainda tentando viver, ainda entorpecido em coma como séculos em átomos emprestados, não pagos ao sopro da oração, com salivas frescas doando o pecado à Ave Maria...

Cotovelos das ruas são esquinas tristes que levam à boca uma estrela doce perdendo o açúcar anticristo antidivino pós atrás indeterminado mesclado.

O ser fraco quase podre calça a fome o uniforme da moeda em aço barato e dinheiros enferrujados, doido pela vitória das mãos expostas a riqueza barata dum pão pela manhã canhão, os olhos miúdos de quem o vê, peca ao dar-lhe um pedaço de dó. Que na calma o rejeita e rejeita a si mesmo, sim, ele se afasta nadando na calçada rumo à praia e correndo o risco de afogar-se num bueiro. Quando do cair da tarde dar-te-ão a lâmina da noite com uma pedra amarela de morte.

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domingo, janeiro 10, 2010 - 16:43

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Alcantra

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