Entardeço como feiticeiro que não se gosta

remo na espuma negra dos
dias que não se calam,..

repito-me para sondar
o que já dito,
enumera todos os falhanços
que nunca
consegui explicar,...

sou de vida o que a morte pinta
nas paredes do óbvio,...

sou de dia,
o que à noite me esqueci
na última madrugada em que
chorei,...

sou de tudo,
o que nada aqui
cravo com o sangue das
artérias secas com
que vos brindo,...

chamo-me simples,
douta percepção de
complicar as faces mudas
dos passados
que me arrematam
a alma,...

fechando-a aos belos
e ensonados parágrafos
dos dias entontecidos,...

parei para reflectir
sobre o que tudo isto
não me diz....

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Martes, Septiembre 29, 2009 - 18:02

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psicolito

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Comentarios

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Re: Entardeço como feiticeiro que não se gosta/para flavia e ana

Enviado por psicolito el Mié, 09/30/2009 - 10:07.

Obrigado às duas pelos comentários.
Este poema é um aviso.
Talvez a mim mesmo.
Agradeço a ambas.

Imagen de analyra

Re: Entardeço como feiticeiro que não se gosta

Enviado por analyra el Mar, 09/29/2009 - 20:50.

"parei para reflectir
sobre o que tudo isto
não me diz...."

Há muito procedo assim.
Grande abraço, gosto muito do sentimento com que escreves e do caráter atemporal de teus escritos.
Grande abraço.

Imagen de FlaviaAssaife

Re: Entardeço como feiticeiro que não se gosta

Enviado por FlaviaAssaife el Mar, 09/29/2009 - 18:31.

Psicolito,

Forte reflexão sobre erros e acertos, o que vale e o que não vale a pena, o que deseja manter e o que deseja esquecer!

Doloroso mas fundamental!

Gostei.

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