Puberdade e Delírio Urbano

São as cantigas dos novos tempos
E esses fragores de arroubo que fazem um jovem delirar.
Pois nem tudo é sarcástico,
Nem o enorme é tão medonho.

Vejo tanta pulcritude por entre as ruelas deste bando.
Sinto o sopro de esperança que é desejo de avassalar,
De crescer,
De multiplicar,

Se pudesse eu contar uma historia,
Contaria a história de uma grande cidade.
Aquele frenesim irrequieto,
O bichano,
A máquina,
O clarão,
A língua,
Os letreiros!

É ostentosamente arrebatador o abraço de um pequeno às
entranhas do progresso...
À medida que se adianta qualquer curva é um espanto,
É a taberna que se mantém viva,
O archote que sobe mais alto,
Ainda a marcha sai à rua com a rainha quase nua,
E catedrais brilham na penumbra de uma cividade que só
descansa...

Do alto da calçada crítica,
Reluz modesto o velho miradouro.
Seduzida se esgueira a criança no refulgir da lua sobre o extenso
rio...