Omnia Idem Pulvis

Ah, se conseguisses tu ver…

Tu, voz pouca e rara…

Se visses um dia,
Tudo quanto em mim
Nada de sentido fazia!
E aquelas madrugadas de prantaria emocional…

Não fugi.
Nem corro.
Sei que pararei na falésia
E respirarei o imenso azul.

Azul negro e tormentoso
Que me alça agora os braços a seus pés,
Me insufla teu aroma frutuoso,
Num equilíbrio harmonioso,
Tal qual o abismo de Moisés…

Treme o penhasco e eu oiço mortos.
Mortos e mais mortos dentro e fora do mar.
Qualquer coisa os vergasta ainda que mortos!
Para mim gritam, mortos… e sem falar!

Não pequenas. Inteiras e ruidosas,
Gandes partes da pedra ruem pelo um trilho só.
Já nem vejo o azul de tiras rosas…
Cheira a risos e a morte! Tudo é maldito, tudo é pó!

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Martes, Marzo 2, 2010 - 20:38

Poesia :

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EliasFreitas

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Comentarios

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Re: Omnia Idem Pulvis

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

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Re: Omnia Idem Pulvis

obrigado, tentarei ser participativo! :-) e "Obscuramente"

Grandes abraços...

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Re: Omnia Idem Pulvis

Treme o penhasco e eu oiço mortos.
Mortos e mais mortos dentro e fora do mar.
Qualquer coisa os vergasta ainda que mortos!
Para mim gritam, mortos… e sem falar!

Todo o poema ficou muito bom, gostei de ler!

:-)

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Re: Omnia Idem Pulvis

Gostei.

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