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Carne Fraca

E vem o santo líquido
Bater-me à porta.
Sou tão insípido
Fora da casa morta.

Glorioso na noite
Corroído de dia
Sinto o açoite
Que a alma atrofia.

Preço caro
Demasiado caro.

Decido deixar-te,
Só mais uma vez
Amanha voltar a amar-te
Morrer por ti talvez.

Eu sei-o
Nós sabemo-lo.

Enquanto isso perco-te meu filho
Que te roubo as horas
A ti, meu amor, envolvo-te num atilho,
Estilhaço a vida em que moras.

Sou o farrapo que vos mente
Finge tirar o pó mas só o atulha.
Caxemira tão simplesmente
Seria eu se não fosse um pulha.

Carne fraca
Alma destruída.

Submited by

terça-feira, dezembro 22, 2009 - 14:05

Poesia :

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RuiLima

imagem de RuiLima
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Comentários

imagem de Claudia_Martins

Re: Carne Fraca

Profundo!

"Carne fraca
Alma destruída."

xoxo

imagem de jopeman

Re: Carne Fraca

A alma esfarrapado pela insensatez do corpo

gostei imenso

abraço

imagem de cecilia

Re: Carne Fraca

Rui,

Lindo e profundo poema.

Destaco

Sou o farrapo que vos mente
Finge tirar o pó mas só o atulha.
Caxemira tão simplesmente
Seria eu se não fosse um pulha.

Abç

imagem de MarneDulinski

Re: Carne Fraca

Sou o farrapo que vos mente
Finge tirar o pó mas só o atulha.
Caxemira tão simplesmente
Seria eu se não fosse um pulha.
QUE VOS TENHO A DIZER!
MarneDulinski

imagem de jessebarbosa27

Re: Carne Fraca

ESTE POEMA EXALA UM ENTORPECEDOR PERFUME DE MELANCOLIA.

imagem de FlaviaAssaife

Re: Carne Fraca

RuiLima,

De fato por muitas fraquezas da carne acabamos por destruir a beleza da alma!

Abraços

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