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Desespero

DESESPERO

Desespero grande de assim viver, talvez morrer, não sei. Só Deus sabe o que passei, porque tenho de sofrer, por quem devo fazer.
Desesperado, eu ando, não sei controlar o que estou passando, assim vou andando. Não sei, não me perguntem, pois só meu coração pode responder. Quebrado, partido já está, remediar não dá. Coração belo, puro, honesto o era, agora bocados, espalhados, estão separados, quebrados por tanta ira, mágoa sentir. A alma também, já era, agora só a verdade poderá fazer voltar tudo ao que era. Antes sim era bom, agora já não. Antes não me atormentava, sofria, vivia, sorria, brincava, agora já nem mais o faço. Dormia, corria, bebia, assim vivia. Agora só ando a sofrer, dormir já não consigo, comer só de vez em quando. Água, bebo, meu corpo limpo, alma pecadora, mas que serve se assim ando a sofrer. Desespero de tanto querer Amar, de tanto querer abraçar, correr, viver, sorrir e falar. Frases, certas já não digo, palavras saem sem sentido. Palavras baralho e pensamentos não param de minha mente procurar. Saída procuro, quero encontrar, mas não sei se vou achar. Que faço, não sei, não entendo, nem eu próprio consigo responder. Não me conheço assim, será que diferente estou, quem sabe, nem eu mesmo sei. Alguém talvez me possa ajudar, assim talvez me possa novamente encontrar. Desesperado ando, eu sei, não é fácil de entender porque, assim fiquei. Alguém, eu vou Amar, vou encontrar, quem eu não sei. Tanto desespero para quê, com que fim, para quem talvez eu um dia amei, sem querer eu pequei. Achei, não sei, quem sabe talvez eu, quem eu quis não encontrei. Tanto Amei, que por fim assim acabei, me magoei. Mas afinal acabei porque? Com que fim, com que intenção eu fiz? Será que teria de ser assim? Ai, meu Deus, que faço, porque estou assim? Me ajuda, me ilumina na luz da verdade, me faz ver a realidade. Piedade eu peço, para quem também não sei. Andei, rondei, pesquisei e afinal não achei. Que procuro? Que quero? Será felicidade, será amor, será vida, paixão ou loucura? Questões, eu tenho, respostas não, quem pode responder, só a mim pergunto andando lá no fundo. Poço bem grande me meti, sem chegar ao fim, cada vez mais, caio, me enterro, desço e o fim não encontro. Porque este desespero assim, com que finalidade, como saber o que eu espero. Ansioso estou, desespero encontrei, porque eu não sei. Encontrar agora eu vou, o que eu não sei. Alguém aqui está, para mim eu sei, perto se encontra, Amar eu espero, mas até quando assim ficarei. Não quero agora perder o que eu encontrei, achei, medo eu tenho de poder assim ficar sem ela, aceitar até ao fim. A casa chego, entro e não saio, refugio-me na solidão, sem falar, só escrever eu quero então. Mas que desespero, que tormento estou passando, só de assim pensar, imaginem tão belo momento. Paro, ouço, escuto, mas não faço, não reajo, me atormento cada vez mais. Conselhos dou, receber não sei, amigos eu tenho, tantos, não sei. Na cama me deito, desesperado no leito, de encontrar quem de direito.

 

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terça-feira, janeiro 3, 2012 - 02:29

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