LASCAS …

bofetada que esfrangalha a nitescência,

que baralha a paciência,

estoiro que arranca todas as estrelas do céu,

despida morte,

pálidos véus de solidão.

Aceno mudo que esvazia a luz

de todos os gestos,

de todos os olhares.

Ausência que conduz e trava o tempo.

Lascas,

borrascas na escuridão,

zumbidos de uma multidão de nada,

alma de pés perdidos em pensamentos de insónia.

Intrínsecas vozes que fintam o silêncio,

que pintam as almofadas de desespero

na pele da madrugada.

Batalha desarmada,

realidades armadas de pesadelo.

Desgastante tralha de culpas