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REVEJO-ME
Entorpecida
encosto a cabeça
ao muro da saudade.
Revejo-me
embaciando o espelho da mentira.
Quero num suspiro
apagar a inquietude destes olhos,
deixando que a chuva me cante
e o vento me toque.
Aspiro-te
nas falésias gotejantes
de um luar esperado
no contorno da paixão inebriante.
Aspiro-te
num beijo fugaz
em tons de melancolia
onde passa a desolação
das gotas caídas
na folhagem amarelecida da vida.
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terça-feira, dezembro 1, 2009 - 01:31
Poesia :
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Comentários
Re: REVEJO-ME
Belo texto, pleno de sentimento.
Gostei muito.
:-)
Re: REVEJO-ME
E como prefiro as folhas amarelas e velhas de um livro, porque torna-se belo, forte, indestrutível e apaixonante. Do mesmo modo vejo isto nas folhagens amarelecidas das vidas, o amarelo do tempo, do passado, do sentido e tudo mais.
Anita
Re: REVEJO-ME
MariaMateus,
Estou arrepiada com este poema, com a intensidade da emoção dele trespassada, da beleza paradoxal que termina em um imenso desolamento...
Lindo! Parabéns!
Um beijo. :-)
Re: REVEJO-ME
Revejo-me, ocasionalmente, nestes versos que adorei.
Gostei imenso
Bjos
Re: REVEJO-ME
Declamei este poema para mim mesma e até me arrepiei...
Está magnifico, forte, repleto de amor!
Adorei!
Beijinho com carinho maria..
Sua fã! :-)
Re: REVEJO-ME
Maria Mateus.
A este meditar só posso me encantar!
Um abraço,
REF
Re: REVEJO-ME
Absolutamente magnífico, amei.
És uma grande poetisa. Sentido, estético, forma imagens.
Lindo mesmo.
Grande abraço.
Re: REVEJO-ME
Lindo poema, Gostei!
MarneDulinski