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Violentas Alegrias

Essas ilusões, esses deslumbramentos,
Têm tanto de nós que com outro nome não teriam igual importância,
Essas violentas alegrias que têm um fim também violento,
Juvenil até…

Custa a acreditar que já não há pássaros a ir para sul,
Que há morte neste vento que brinca com o lixo,
E é difícil ser aquilo que fica.

Ainda penso nas vezes que senti que era de ferro,
Que podia aguentar com o mundo se ele todo mudasse à minha volta
Ou me caísse nas mãos.

Essas violentas alegrias que caem em buracos deixados pelo tempo
Como almas e pétalas num orgasmo.

Era ali que estava, a cor mais duradoura dos periantos,
O perfume que descia calmamente à boca para lhe tomar o gosto,
Era ali que estava!

Parecia tudo tão simples antes do coração parar para pensar…

Vou para o sul, onde não há pássaros nem primaveras,
Onde a alegria é não saber que existimos, é não termos tempo para nós,
E uma eternidade só de silêncio.

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domingo, julho 4, 2010 - 22:45

Poesia :

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jopeman

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Comentários

imagem de KeilaPatricia

Simplismente lindo... Gostei

Simplismente lindo...

Gostei muito...

bjs na alma
 

imagem de nunomarques

Re: Violentas Alegrias

Profundo, inquietante porque faz reflectir. Excelente poema.
Abraço

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Violentas Alegrias

Olá, Jopeman.

Neste belo texto interpreto o desfazimento do mundo, que caminha para o caos, sem que a maioria das pessoas perceba.

Gostei muito,

Um abraço,
Roberto

imagem de Henrique

Re: Violentas Alegrias

Custa a acreditar que já não há pássaros a ir para sul,
Que há morte neste vento que brinca com o lixo,
E é difícil ser aquilo que fica.

Ora aí está um bom pensamento que roça reflexões muito sérias sobre alegria ocultas em buracos deixados pelo tempo como almas num orgasmo.

Deveras interessante!!!

:-)

imagem de Librisscriptaest

Re: Violentas Alegrias

Bem Joao, este teu poema esta... sublime!
Comoveu-me imensamente...
Dos teus q ja li q mais gostei e eu admiro sempre tudo aquilo q te leio!
"Ainda penso nas vezes que senti que era de ferro,
Que podia aguentar com o mundo se ele todo mudasse à minha volta
Ou me caísse nas mãos."
Lindíssima passagem, a humildade do poeta q sucumbe à própria sensibilidade!
Este, meu querido João, vou leva-lo comigo com carinho!
Beijinho grande em ti!
Inês

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