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PENSAMENTOS 26

 

                                                  26

 

 

 

Nada mais fácil do que sorrir é praticar o bem, não custa nem dói nada e por isso, não sei porque razão a maioria dos seres humanos não praticam estas acções tão simples como respirar e que só faz bem à saúde; não precisa ter muito ou pouco dinheiro para sorrir e fazer bem, isto está ao alcance de qualquer ser humano.

Basta sorrir para o nosso vizinho, o nosso amigo, para o nosso cão, para o nosso gato, para fazer o bem e repartir a nossa alegria e bem estar e a vida vive – se melhor, a nossa sociedade acha – nos mais simpáticos e socialmente somos mais bem vistos, portanto, as vantagens são imensas; não é por não sorrir que somos pessoas sérias, pois isto não se mede pela aparência ou gesto mas, sim pela nossa mente e pelas nossas acções para com a nossa sociedade.

Se sabemos que é assim, porque é que não sorrimos ou saudamos os nossos semelhantes, se sorrir e fazer bem, faz bem à saúde? Já sei, temos medo que paguemos imposto; se com esta dica o faço sorrir, ainda bem, fico satisfeito e você também. Isto também depende da educação e da cultura de cada povo e nós, os portugueses não somos nada divertidos, somos saudosos, tristes e pensamos que as coisas que vêm de fora são sempre melhores do que as nossas, o que prova que, a nossa auto estima também fica muito por baixo.

Por vezes cruzo – me com alguns estrangeiros e sem me conhecerem e dizem olá e eu fico satisfeito e correspondo; esta prática faço eu habitualmente mas só se conhecer as outras pessoas; quando entro em qualquer estabelecimento, também tenho o hábito de saudar quem está presente mas, para tristeza minha, as pessoas olham desconfiadas e simplesmente não abrem a boca para soltar uma saudação que não custa nem dói nada, no entanto, eu não desisto deste meu procedimento, quer seja correspondido ou não, porque me sinto bem e com a minha rica consciência completamente tranquila.

Será que nós, os portugueses somos carrancudos e desconfiados porque a natureza nos fez assim? Mas que pouca sorte a nossa? Ó mãe natureza, assim não vale, bem podias ter – nos feito mais alegres? Já sei, fizeste – nos num dia em que estavas aborrecida!!!

Cumprimentar o nosso semelhante é uma regra de boa educação e parece que a maioria dos portugueses não a quer cumprir, como se fossem seres superiores e não falam a qualquer pessoa; às vezes estou num estabelecimento, à espera de ser atendido, vejo entrar novos clientes, olham, sentam – se ou ficam em pé, esperam a sua vez mas, a sua boca não se abre para balbuciar uma saudação que não custa nem dói nada. Não é defeito, é feitio.

Por vezes até tenho o hábito de tentar falar com o parceiro do lado que espera de ser atendido como eu mas, não levo nada, não responde pura e simplesmente, principalmente se for uma senhora, continuando de boca calada para não gastar a língua e fico a falar sozinho; somos mesmo forretas da cordialidade e por isto estou a lembrar – me que um dia que dois vizinhos discutiam porque ambos se apelidavam de sovinas; ao fim de algum tempo um grita para o outro: tu até és capaz de ladrar para o quintal, só para não gastares o cão.

Ria, ria que faz bem, como é bonito sorrir e como faz bem à saúde!!!

Evidentemente que nem todos os portugueses são assim, no entanto, posso afirmar que, a maioria o é; mas o que é que se passa connosco, os portugueses, meu Deus? Não se passa nada, somos mesmo assim!

Vivemos no mesmo prédio, na mesma aldeia, na mesma Vila, na mesma cidade, no mesmo país, no mesmo planeta e como somos todos tão diferentes uns dos outros quer física, quer mentalmente e a culpa é da natureza.

Se somos humanos e inteligentes, sabemos diferenciar o bem do mal, então porque razão não actuamos como seres humanos socialmente bem formados e ao menos, nos saudarmos uns aos outros, sermos mais razoáveis, mais sensíveis, mais tolerantes, em suma, mais bem educados e não olharmos uns para os outros como se fossemos seres de planetas diferentes? Se isto tudo não custa dinheiro, não dói nada e faz bem à saúde, porque razão, nós os portugueses, não aprendemos ou não queremos aprender a sermos sociáveis, alegres e sorridentes? Se conhecemos estas regras básicas e não as praticamos, então o caso é muito grave, precisamos de fazer alguma coisa pela nossa educação, a começar pela família e pela escola que são os pilares que sustentam a nossa maneira de ser. Mas, se nós distinguimos o bem do mal, porque não rectificamos a nossa maneira de ser no aspecto social? Será que somos verdadeiramente inteligentes? Se somos ou queremos, temos que mostrar que o somos, deixemos a má vontade para trás, amemos o nosso semelhante sempre com um sorriso e não com desconfiança, o humor também é um sinal de inteligência.

Nascemos, vivemos uma parte da nossa vida no seio da família e dela recebemos a boa e a má formação social e depois na escola devíamos aprender as boas regras sociais, além dos ensinamentos que nos vão servir para trabalharmos em e para a sociedade.

Sermos bons ou maus, é defeito ou virtude do programa que nos foi introduzido, pelos nossos progenitores e depois o papel é da família e da escola, onde aprendemos as regras do bom comportamento, sem pressões, nem agressões comportamentais da parte dos educadores, porque somos inteligentes e sabemos o que é bom e o que é mau. Quando um agricultor deita a semente à terra e esta não for bem tratada, as sementes não podem dar bons frutos, por isso, os educandos devíamos receber constantemente formação especial para que as suas sementes cresçam fortes e boas. Os nossos educadores escolares ficam muito a desejar em questões de boa educação e dar bons exemplos aos seus discípulos; se o nosso educador não é bom, os educandos nunca o serão; é preciso muito cuidado na formação dos educadores e aqui é um sector em que o Estado deve investir e saber filtrar se quer ter um povo bem formado.

Enquanto somos crianças, é fácil sermos moldados para o bem e para o mal e aqui é que reside o problema, mas tudo depende capacidade da família principalmente, de transmitir as suas regras e as da sociedade mas, se a família também não recebeu, as regras básicas sociais da boa educação, como as pode transmitir?

Pois é, e assim se vai transmitindo o bem ou mal, consoante a formação de cada família ou educadores escolares.

As escolas têm um papel importantíssimo na educação de uma criança, no entanto, parece que o ensino nas nossas escolas é obsoleto e as alterações que se fazem é para aperfeiçoar ainda mais o obsoleto e a educação continua mal; a preocupação das escolas é ensinar as matérias escolares e não as regras sociais para que as crianças saibam como comportar – se pela vida fora e só o País tem a ganhar. Portanto, o Estado, através dos seus professores deviam introduzir nos manuais escolares as regras para se viver em sociedade, porque está em jogo todo o futuro do País mas, parece que este papel ainda não foi pensado, pelas pessoas que governam, preocupando – se apenas em apontar o bem e o mal, além das matérias escolares.

Ora, segundo sabemos, os três pilares fundamentais que regem um País, em termos sociais, são a educação, a saúde e a justiça; se estes três pilares essenciais para a evolução de um País, não forem fortes, ou não funcionarem bem em prole do seu povo, então o País nunca será evoluído mas, sim um país de terceiro mundo, onde os pilares fundamentes estão carcomidos e podres e se não fizerem neles grandes reparações, o povo desse país viverá sempre na miséria e sem regras, não sabendo viver em sociedade.

Ora, se a saúde tem em listas de espera milhares de cidadãos, com um atraso de 2 ou três anos, se a educação não ensina os seus jovens, a viverem em sociedade e a serem bons profissionais, ou se a justiça é injusta e lenta, fico muito triste por pertencer a um País assim; enquanto a nossa mentalidade não evoluir e pensarmos que é pelo trabalho que conseguimos a nossa realização pessoal, não temos hipóteses de vingar ou aspirar a sermos um País a nível europeu. Será que não há vontade política para que tudo funcione bem? Mas afinal o que se passa com os governantes do meu País? Passam os anos e tudo continua na mesma, o que quer dizer, ou não há meios para o fazer ou então são incompetentes; se o são para que é que nos enganam e se candidatam a lugares de tanta responsabilidade que mexe com a nossa vida? É preciso ter coragem e abanar a árvore, para que todos os frutos podres caiam e não nos deixem ingerir tanta incompetência.

Ou se faz uma revolução nestes três pilares que sustentam a construção desta casa gigante, ou então andamos a marcar passo, em relação aos nossos parceiros da Europa por muitos anos, sujeitos a perder a esperança de apanhar o comboio dos países evoluídos.

Desde da revolução de 25 de Abril de 1974 que nos fazem promessas e mais promessas e nada se faz, o que prova que, ainda não tivemos políticos à altura de enfrentar a revolução da Educação, da Saúde e da Justiça e por isso é uma verdade que nos vamos distanciando dos outros países europeus evoluídos e por este andar nunca mais chegamos à meta.

Faço um apelo aos homens que governam o meu País: façam as reformas e esqueçam a força dos votos e não façam promessas que não podem cumprir; não nos enganem mais, porque estamos a ficar cansados e a paciência tem limites.

 

 

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quarta-feira, agosto 31, 2016 - 09:17

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José Custódio Estêvão

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