“ÁGUAS E GRITOS”
Esperando esperava com ânsias de amor
Apertos no peito, lágrimas no rosto
E o dia chegava abrindo-se em flor
Com os olhos marcados sem jeito nem gosto
Vi-te de longe estendendo a mão
Caindo na tarde, atracada no ardor
Onde gritavas, apertos no coração
Das luzes apagadas nos caminhos de dor
Rojavas o chão, dormindo como quem come
Como quem reza, pedindo perdão
Nem lágrimas, ou brotos, que sobrelevem a fome
Possam silêncios vozes de compaixão
Aliei as mãos para inundar o rosto
Suplicando aos olhos, águas e gritos
Bramindo mais, são tantos que não são poucos
Que alagam o Mundo de silêncios aflitos.
***
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Wednesday, August 24, 2011 - 06:46
Poesia :
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Comments
Súplica da espera
Aqui e ali vou encontrando bons motivos para ler e reler com prazer o que certos autores como você escrevem. Poesia duma beleza lírica inquestionável; versos, estrofes, partes do todo corpo, construidos com rara sensibilidade e raro dom artístico. É deste, seu, modo que viva a poesia conquistando os autos do tempo no territóriio do imortal: - poesia vivendo, viver do subsantivo VIDA!
Parabéns poeta.
Abraço.
Thuele