“ÁGUAS E GRITOS”

Esperando esperava com ânsias de amor

Apertos no peito, lágrimas no rosto

E o dia chegava abrindo-se em flor

Com os olhos marcados sem jeito nem gosto

 

Vi-te de longe estendendo a mão

Caindo na tarde, atracada no ardor

Onde gritavas, apertos no coração

Das luzes apagadas nos caminhos de dor

 

Rojavas o chão, dormindo como quem come

Como quem reza, pedindo perdão

Nem lágrimas, ou brotos, que sobrelevem a fome

Possam silêncios vozes de compaixão

 

Aliei as mãos para inundar o rosto

Suplicando aos olhos, águas e gritos

Bramindo mais, são tantos que não são poucos

Que alagam o Mundo de silêncios aflitos.

***

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Wednesday, August 24, 2011 - 06:46

Poesia :

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antonioduarte

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Súplica da espera

Aqui e ali vou encontrando bons motivos para ler e reler com prazer o que certos autores como você escrevem. Poesia duma beleza lírica inquestionável; versos, estrofes, partes do todo corpo, construidos com rara sensibilidade e raro dom artístico. É deste, seu, modo que viva a poesia conquistando os autos do tempo no territóriio do imortal: - poesia vivendo, viver do subsantivo VIDA!

Parabéns poeta.

 

Abraço. 

 

Thuele

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