Ludibriada

Na mudança brusca do tempo, na meditação do irreal, tento obter um resguardo…Porfio contra o tempo, aguardando pelo amanhecer numa incrédula acalmia, desordenadamente perco-me seguindo.
Tenho medo, almejo de não voltar…Rebelo-me contra o meu próprio ser e questiono-me se a noite do amanhecer realmente perdura. Retrocedo ao futuro e afeiçoo-me ao passado, esboço de uma escultura desprovida de encanto… Não me reconheço, esvazio-me, sobrevivo para existir, mas não existo para viver. De mansinho toco as extremidades mais próximas, do sabor de olhar perpétuo de um diabrete enraivecido…
Resta-me porém, existir conscientemente dentro duma realidade que não se justifica.
 

Ano 2011
Blondie

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Sunday, August 28, 2011 - 17:17

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