Tela impressa
tenho nas costas o tempo que és,
lavrado e suado na noite das profecias,
que fala de ti, que existe em ti,
como dueto antigo feito ao meio-dia.
são linhas impressas, entre o sagrado e o profano,
folhas rubras do verbo ser,
essência de rio, que me renasce....
que me despenteia a madrugada.
há versos de cor,
de rir, de ir
sentidos exactos na vela, na cama,
dança de gestos ouvidos no mar...
desfeitos e refeitos na areia que grita a madrugada.
vens do tempo de fora,
numa claridade de açucenas,
sem desvios de signos,
e sem vírgulas és sorriso suspenso,
na dimensão inclinada no tempo,
onde me vestes de rimas.
Eduarda
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