Em vermelha tinta
De sonhos infecundos um amalgamado
Ou fruto de alguma sinergia expressionista,
O amor agoniza, odeia e convulso grita
No útero pútidro em que está crucificado!..
Amor inutilíssimo! Em nada confortas
A fúria e a tristeza da subinconsciência
Ante o corpo disforme de minha inocência...
De minhas pequeninas que nasceram mortas!
Ah! Carinho, como se só inocência fosse,
Simulando alguma gentil despretensão,
Nunca! não ouse nunca estender-me a tua mão
Pois eu ei de recebê-la com uma foice!
Paixão maldita! que abre nos lábios feridas
Tua imagem, ébria das mornas carnes cheirosas,
Torna qualquer perfume de mulher odiosa
Fragrância. O odor podre do escorrer da vida...
E eu não te olvido, da vida à dois Compromisso,
Nem te aceito ou aceito me prostrar pequeno,
Pois nos frascos menores são os piores venenos:
Ao meu amor por ela eu não serei submisso!
Antes eu bebesse o cálice de cicuta
A negar do todo o meu querê-la sempre bem
A racionalidade... Antes não ter ninguém
A dos meus apetites fazê-la uma puta!
28 de abril de 2012 - 13h 06min
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1709 reads
Add comment
other contents of Adolfo
| Topic | Title | Replies | Views |
Last Post |
Language | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/Dedicated | Chemistry II | 2 | 2.134 | 07/27/2011 - 19:23 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Não rezo | 0 | 1.909 | 07/26/2011 - 20:32 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Saudade | 0 | 1.606 | 07/26/2011 - 19:01 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas VII | 0 | 2.118 | 07/24/2011 - 22:00 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas VI | 0 | 1.618 | 07/24/2011 - 21:59 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas V | 0 | 1.860 | 07/24/2011 - 21:57 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas IV | 0 | 1.965 | 07/24/2011 - 21:55 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça às escondidas III | 0 | 2.766 | 07/24/2011 - 21:52 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas II | 0 | 1.443 | 07/23/2011 - 03:18 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | No banco de uma praça as escondidas | 0 | 1.944 | 07/23/2011 - 03:09 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Bom dia! II | 0 | 3.245 | 07/23/2011 - 02:56 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | O amor... II | 2 | 2.641 | 07/23/2011 - 01:30 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Tributo a Augusto dos Anjos VII – Devorador de sonhos | 0 | 3.132 | 07/23/2011 - 01:07 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Tributo a Augusto dos Anjos VI ─ Justiça | 0 | 3.296 | 07/23/2011 - 01:05 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Olha | 0 | 1.622 | 07/19/2011 - 00:20 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | “Nas noites frias poderia ser como um cobertor” | 0 | 2.129 | 07/19/2011 - 00:05 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Grilo | 0 | 2.201 | 07/19/2011 - 00:03 | Portuguese | |
| Poesia/Dedicated | Somos feito a lua e o mar | 0 | 1.794 | 07/19/2011 - 00:01 | Portuguese | |
| Poesia/Dedicated | Ciúmes III | 0 | 1.478 | 07/19/2011 - 00:01 | Portuguese | |
| Poesia/Love | Amo II | 0 | 2.373 | 07/19/2011 - 00:00 | Portuguese | |
| Poesia/Love | Chuva de verão | 0 | 1.875 | 07/18/2011 - 23:59 | Portuguese | |
| Poesia/General | About Me II | 2 | 2.018 | 07/18/2011 - 23:51 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Chuva cai | 0 | 2.316 | 07/13/2011 - 01:07 | Portuguese | |
| Poesia/Sonnet | Frio infernal | 1 | 2.147 | 07/12/2011 - 00:35 | Portuguese | |
| Poesia/General | Tédio Parte II | 1 | 1.702 | 07/10/2011 - 20:35 | Portuguese |






Comments
tonalidades
Um amor em tonalidade
vermelho-sangue e pranto
que em boa verdade
(d)escreve o puro desencanto.
Feliz domingo!
_Abilio
Domingo Feliz!
Isso mesmo... Vermelho sangue... e pranto.
E este foi o último: encerrados os "Subinconsciência de morte"! Tornar a escrever do jeito que a Sofia Rodrigues gosta: bonito. Repugnância nos versos, a partir de agora, apenas por ser repugnante. Sem tristeza ou depressão... Um abraço! =DD
Em vermelha tinta
Paixão maldita! que abre nos lábios feridas
Tua imagem, ébria das mornas carnes cheirosas,
Torna qualquer perfume de mulher odiosa
Fragrância. O odor podre do escorrer da vida...
Todas as paixões são malditas, quando não correspondidas.
Belo poema. Parabéns!
Todas as paixões são malditas
Todas as paixões são malditas quando disto não passam: uma paixão.
Obrigado por ter lido! =D
Em vermelha tinta
Paixão maldita! que abre nos lábios feridas
Tua imagem, ébria das mornas carnes cheirosas,
Torna qualquer perfume de mulher odiosa
Fragrância. O odor podre do escorrer da vida...
Todas as paixões são malditas, quando não correspondidas.
Belo poema. Parabéns!
Paixões
"A paixão é uma ilusão criada pelo nosso egoísmo de querermos alguém só para nós mesmos", eu já dizia lá nos meus quinze anos de idade...
E obrigado pelos parabéns. =D
Um abraço.