De tanto esperar a chuva cair morre todo um jardim
À minha Sakura
De tanto a chuva esperar
Cair morre todo um jardim.
—Não sou capaz de imaginar
Forma mais triste de ao fim
Chegar, nem mais dolorosa,
Do que sob a cruel tortura
De saber que a única pura
Coisa que há em ti, a mais preciosa,
Tua talvez nunca havia sido...
Que o belo não havia existido.
De tanto a chuva esperar
Cair morre todo um jardim
Contudo não ei de assim
Ser, vendo tudo murchar,
Vendo o que em mim há de belo
Simplesmente... fenecer.
Vendo o frescor se perder
Sepultado em teus cabelos.
Ainda que eu faça em segredo
Replantarei cada flor,
Cultivarei o nosso amor.
—E caso eu fira os meus dedos
Sacrifícios são precisos:
Se na vida houver espinhos
Não nos sintamos sozinhos,
Mas sauda-os com um sorriso.
Senão seria o que das rosas?
Ferem-se fácil as manhosas...
29 de junho de 2012 - 02h 37min
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Comments
"Mesmo em dureças jamais
"Mesmo em dureças jamais perder a ternura"(Che Guevara)
lindo poema toca bem fundo no coração!
Grande Abraço!
Obirgado pela gentileza das
Obirgado pela gentileza das palavras ((:
Olá Adolfo!
Que poema lindo!
Nunca desistir!
E principalmente se for um jardim,
machuca-se as mãos mas se planta e colhe
a mais bela flor!
Meus parabéns!
Abraços
Petalum
Muito obrigado, amiga Dany por terer lido e gostado e também pelo teu apoio. ((:
enquanto a chuva não dá seus
enquanto a chuva não dá seus ares,
o bom jardineiro rega_a_dor...
Saudações!
_Abil!o
Mais pura verdade: Na
Mais pura verdade:
Na inexistência do não poder,
Seja o que for, nada mais fazer
Germina a crueldade.
Um abraço!