A morte do poeta
O rufar dos tambores sulcou minha janela
Será o agitar de uma manhã tão bela
Ou
A mortandade apoderou-se
Do coração do Senhor poeta
Alevanto as saias, arregaço a tristeza
E com sentenciada leveza
(Grito entrelaçada na multidão)
Mataram o poeta!
Mas a poesia que ele trazia em seu regaço
Vos rogo…vou lança-la à terra
Iluminada pelo luar
Aconchegada pelo calor do mar
Daqui a nove meses irá parir
Uma estrofe…uma folha de papel…um rebento de amoreira
(Uma flor no meio da poeira)
E nesse amanhecer a plebe a nobreza e o clero
Acudirá ao largo que fora de pedra…
Obrigada Giraldoff
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Sunday, June 14, 2009 - 23:31
Poesia :
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Comments
Re: A morte do poeta
Este poema tem todos os elementos para ser semente, para todos os poetas.
É profundo e lindo.
beijos
Re: A morte do poeta
O poeta renasceu na poesia lançada à terra, "Uma flor no meio da poeira"
Adorei, um poema que se expressa em cada verso de forma dedicada e sensível a uma devoção capaz de elevar as pedras do largo
Bjos
Re: A morte do poeta p/ cardigos
Olá isabel
Que poema lindo e de extrema
sensibilidade...Parabéns!
Beijinhos no coração