Perfídia

Mente tão perto dos meus lábios.
unge com saliva.
Na boca sou batizado.
Causa arrebatamento,
mesmo no período refratário.
Cospe com escárnio
e, sou crucificado.
Atiça o credo,
estupra os cilícios
dos ouvidos.
Bolina meu cérebro.
Jogamos toda a prolixidade
no lixo,
enquanto aperta a tecla SAP
do meu umbigo.
Solve e coagula.
Excomunga e copula.
É placebo e psicogonia pura.
Vícios de linguagem,
ensaios sobre a loucura.
Absurda, vertiginosa.
Abruptamente condena.
Tortura em nome da rosa.
Retira a anestesia
do poema.
Transmuta-se em qualquer
resquício de obsessão efêmera.
É jejum, pecado e culpa.
Abraça,
enche a taça,
dedilha a dúvida.
Transforma a secreção em cicuta.
E morro sem negá-la,
em circunstância alguma.
Pois, para mim,
és absoluta!

Bruno Sanctus.

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Friday, June 14, 2013 - 02:31

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