Quando a estrutura fracassa
Aprendemos deste o tempo de colégio, que todos participamos de uma democracia, temos hierarquias e nossos representantes são eleitos pelo voto popular. Aprendemos a respeitar leis e que de certa forma temos direitos e deveres, o que a principio no papel parece ser lindo e eficaz.
Passa o tempo e acabamos por descobrir, que é função do governo garantir bom atendimento na área de saúde, segurança para todos e educação de qualidade, inevitavelmente começamos a nos deparar com questionamentos, se é função do governo aplicar a pesada carga tributaria para o bem do povo, por que o povo não o recebe da forma correta?
Vemos com o passar das eleições que entra partido e sai partido, as ideologias nas propagandas são diferentes, mas as atitudes na realidade são as mesmas. Acusações de privatizações e corrupção.
O governo é uma estrutura que teoricamente não visa lucro, ele recolhe impostos e com estes impostos ele melhora a qualidade de vida de seu povo. Quando ele privatiza ou terceiriza um serviço, ou entrega um bem publico para ser dirigido por pessoas do núcleo privado o foco muda, passa-se a visar o lucro, pois diferente do governo empresas que assumem esse papel visam cifras e muitas vezes não o beneficio do povo.
Mas os impostos não diminuem mesmo essas estruturas estando administrados por terceiros, uma despesa a menos para o governo e uma carga tributaria a menos para o povo, um bom sonho. Mas não basta apenas demonstrar incapacidade de gerir a maquina publica, é necessário corrompe-la, desviar a verba publica.
Hoje em dia a politica é vista como uma forma de enriquecer, muitas pessoas entram nesse meio não para melhorar suas cidades e estados, mas porque sabem que os salários fora da realidade o faram mudar de patamar, ter melhor vida, já que o trabalhador comum pena com uma renda que beira o vexatório.
As manchetes de revistas e jornais são sempre as mesmas, denuncias e mais denuncias, apenas um reflexo das escolhas mal feitas e da cultura imposta no país. Mas em determinados momentos, raros momentos a estrutura racha, fica praticamente insuportável suporta-la, é quando os protestos começam a ganhar força.
Está escrito na história do mundo, grandes mudanças somente acontecem quando o povo se une por um ideal, não importa a nação, quando as pessoas chegam ao seu limite, quando elas saem do estado de letargia se dá inicio a mudanças significativas na estrutura e na cultura de um país.
Isto não é mais raro de acontecer, com o avanço da comunicação, do esclarecimento, da informação na velocidade da luz, está cada vez rápido tomar conhecimento da dilaceração que existe na politica. O que nos remete a varias perguntas como se estamos no modelo de economia certo, se estamos no modelo politico correto e se estamos no modelo de sociedade ideal.
Ter cidadania, ser justo e correto nem sempre é aceitar o que se apresenta como verdade, é questionar e buscar mais respostas, e se não encontra-las, exercer o direito legitimo de liberdade de expressão. Talvez as pessoas tenham confundido, pagar impostos, calar-se diante das indiferenças, estar confortável em seu sofá muitas vezes é estar tendo uma existência mecânica, viver muitas vezes exige riscos e sentir-se vivo é lutar pelos seus ideais, mesmo que muitas vezes sozinho.
Submited by
Críticas :
- Login to post comments
- 2346 reads
other contents of Pablo Gabriel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Tristeza | O abraço que machuca | 0 | 4.326 | 01/28/2013 - 02:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Linhas Infinitas | 1 | 1.913 | 01/22/2013 - 20:30 | Portuguese | |
Prosas/Drama | Sangria | 0 | 4.706 | 01/22/2013 - 16:32 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Epiderme | 0 | 2.704 | 01/15/2013 - 20:00 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dias impossíveis | 0 | 2.197 | 01/11/2013 - 19:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Peças lascadas | 0 | 1.744 | 01/09/2013 - 12:38 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Meretriz Caida | 0 | 1.215 | 01/08/2013 - 01:40 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Por entre noites | 0 | 1.736 | 01/07/2013 - 23:15 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Da natureza (humana?). | 0 | 1.575 | 12/27/2012 - 13:36 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O que sabem? | 0 | 2.119 | 12/19/2012 - 12:09 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Absurdos | 0 | 1.335 | 12/14/2012 - 17:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Desejo comum | 1 | 1.848 | 12/10/2012 - 16:35 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Amanha | 1 | 2.424 | 12/04/2012 - 14:30 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Espirito natalino | 0 | 1.584 | 12/03/2012 - 18:13 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | De tanto ser | 0 | 1.737 | 11/22/2012 - 13:37 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Dobrar os joelhos | 1 | 1.741 | 11/21/2012 - 23:56 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Pelos corredores | 0 | 1.714 | 11/20/2012 - 17:47 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Imagina na copa | 0 | 2.132 | 11/20/2012 - 15:39 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Bendito o livro | 0 | 1.961 | 11/14/2012 - 14:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | Amar | 0 | 1.417 | 11/05/2012 - 14:41 | Portuguese | |
Poesia/Love | Destes versos | 0 | 1.755 | 11/05/2012 - 14:10 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Poesia | 0 | 1.544 | 10/27/2012 - 01:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Não faz mal | 0 | 1.757 | 10/24/2012 - 16:21 | Portuguese | |
Prosas/Others | Aroma da realidade | 0 | 1.658 | 10/24/2012 - 13:27 | Portuguese | |
Poesia/Love | Olhos marejados | 0 | 1.965 | 10/24/2012 - 12:11 | Portuguese |
Add comment