Sapatos soltos

Os sapatos
Com as solas gastas,
Ficaram pelo caminho.
As palavras vazias
Não resistiram à força do vento.
Apenas alguns calos
Apenas alguma duvida.
Tempo que sobra
A cada volta do dia,
Preenchido com tristezas ou alegrias.
E a duvida que não deixa
O corpo e perturba a mente.
Será tudo em vão
Ou a sorte lhe dará,
Mais um dia de respiros vãos.

Submited by

Thursday, June 20, 2013 - 21:46

Poesia :

No votes yet

Pablo Gabriel

Pablo Gabriel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 4 years 11 weeks ago
Joined: 05/02/2011
Posts:
Points: 2944

Comments

Bruno Sanctus's picture

Théo e Van Gogh.

Sapatos. Apenas meros acessórios que permitem-nos diversas interpretações. Variantes desde á importância que damos ao luxo, ou o desdém que um homem sem pés pode dar aos mesmos. Van Gogh e Théo, soa cômico tal tipo de comparação. Não é mesmo? Não era bem isso que o franzino pintor pensara. Em um de seus quadros, onde havia o esboço de um par de sapatos: um emborcado e o outro de pé. Estava a maior manifestação de dualidade sobre o que ser e o que era. Théo sempre fora um exemplo para Vincent. Vincent era o sapato de ponta-cabeça (igual ao jarro de barro de La Fontaine), Théo era o sapato normal (mas não o jarro de ferro da mesma Fábula. Este papel ficara destinado a Paul Gauguin). Após nossa breve introdução, fica a moral na qual alonguei-me um pouco até chegar o determinado ponto - sabe que tópicos são uma merda. Não necessariamente neste sentido. Portanto, faz-se necessário tal discorrimento - O importante a se dizer, não são quais tipos de calçados você usa. Isso sempre será indiferente. E sim, até onde seus pés descalços podem levá-lo. Ou seja, o problema não são os sapatos. Nunca o foram. São nossos pés.

Parabéns pelo poema. Gostei muito.

Add comment

Login to post comments

other contents of Pablo Gabriel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Prosas/Tristeza O abraço que machuca 0 4.329 01/28/2013 - 02:28 Portuguese
Poesia/Meditation Linhas Infinitas 1 1.913 01/22/2013 - 20:30 Portuguese
Prosas/Drama Sangria 0 4.710 01/22/2013 - 16:32 Portuguese
Poesia/Meditation Epiderme 0 2.704 01/15/2013 - 20:00 Portuguese
Poesia/Meditation Dias impossíveis 0 2.206 01/11/2013 - 19:23 Portuguese
Poesia/Meditation Peças lascadas 0 1.744 01/09/2013 - 12:38 Portuguese
Poesia/Meditation Meretriz Caida 0 1.215 01/08/2013 - 01:40 Portuguese
Poesia/Meditation Por entre noites 0 1.736 01/07/2013 - 23:15 Portuguese
Poesia/Meditation Da natureza (humana?). 0 1.575 12/27/2012 - 13:36 Portuguese
Poesia/Meditation O que sabem? 0 2.121 12/19/2012 - 12:09 Portuguese
Poesia/Thoughts Absurdos 0 1.335 12/14/2012 - 17:17 Portuguese
Poesia/Meditation Desejo comum 1 1.849 12/10/2012 - 16:35 Portuguese
Poesia/Meditation Amanha 1 2.424 12/04/2012 - 14:30 Portuguese
Poesia/Meditation Espirito natalino 0 1.584 12/03/2012 - 18:13 Portuguese
Poesia/Meditation De tanto ser 0 1.737 11/22/2012 - 13:37 Portuguese
Poesia/Meditation Dobrar os joelhos 1 1.741 11/21/2012 - 23:56 Portuguese
Poesia/Meditation Pelos corredores 0 1.721 11/20/2012 - 17:47 Portuguese
Poesia/Meditation Imagina na copa 0 2.132 11/20/2012 - 15:39 Portuguese
Poesia/Joy Bendito o livro 0 1.961 11/14/2012 - 14:34 Portuguese
Poesia/Love Amar 0 1.418 11/05/2012 - 14:41 Portuguese
Poesia/Love Destes versos 0 1.756 11/05/2012 - 14:10 Portuguese
Poesia/Joy Poesia 0 1.544 10/27/2012 - 01:43 Portuguese
Poesia/Meditation Não faz mal 0 1.757 10/24/2012 - 16:21 Portuguese
Prosas/Others Aroma da realidade 0 1.658 10/24/2012 - 13:27 Portuguese
Poesia/Love Olhos marejados 0 1.967 10/24/2012 - 12:11 Portuguese