Travisto-me de aplauso

Travisto-me de aplauso,
Prego aplausos, emprego
Aplausos em artes visuais,
Construo palácios com eles,

Excepto às Segundas-Feiras de cinzas,
Quando preciso alimentar
A sensibilidade em silêncio
E fazer o que deveras quero,

Ouvir o vento, basta isso,
Pra que me complete e
Contente … ah, de palmas
Também e dessa tal gente

Despida de gestos que os
Meus são comuns lugares,
A razão porque tanto desconheço
É ver tão perto quando me penso

Barro, argila ou ferro fundido,
Travisto-me de tudo quanto do
Mundo me separa o corpo real,
Travestir-me de público ou “nu-rei”,

É raro, excepto nas Sextas-Feiras Santas,
Quando a alma é mais negra e cega
Que carvão em pedra,
O que deveras quero é silencio …

Joel Matos (01/2018)
http://joel-matos.blogspot.com

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Tuesday, February 6, 2018 - 11:18

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