Pois tudo o que se move é sagrado.
Muito mais que estas raízes férreas,
Tudo que é sagrado, penso ver
No ar, que me move o pensamento
Na direcção do céu, mais que raízes,
Estas tão térreas, não que não seja
Dum lugar sagrado, mas o desejo,
É penetrar nos sentidos dos céus,
Que me tiram o fôlego de madrugada,
E ao sol deposto, pois tudo quanto
Se move é sagrado e quando
Está quieto é terra, e dizer que amo,
Não chega, a Terra não entende
Nem eu a entendo, (me desminto)
Muito mais que estas raízes,
Estático é meu corpo e certa
A insatisfação deste pensar de pedra
Feito mas sustenta no meu ar,
As raízes que pensava caírem dos céus,
Meu sustento aqui na Terra,
Num desalinho total de raízes aéreas,
E céus tão meus, mas tão distos,
Quando da terra o céu me arrepia
A pele, mesmo quando não há estrelas,
E nem o céu fala comigo a noitinha,
Dizendo que me ama e sou seu,
Quanto mais estas raízes térreas,
Tíbias e finas…efémeras,brancas…
Joel Matos (18/08/2015
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 12877 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | As estradas fora d’alcance … | 0 | 3.594 | 02/01/2018 - 10:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Assino: DEMO | 2 | 3.435 | 02/01/2018 - 10:48 | Portuguese | |
Poesia/General | longa é a noite em mim... | 1 | 2.563 | 01/26/2015 - 12:42 | Portuguese | |
Poesia/General | Tão natural | 0 | 3.090 | 10/16/2014 - 09:00 | Portuguese | |
Poesia/General | Erva Maldita | 2 | 6.756 | 08/08/2014 - 16:18 | Portuguese | |
Poesia/General | JURO... | 0 | 4.476 | 02/12/2014 - 17:54 | Portuguese | |
Poesia/General | A hora é ,do tempo,a gorra. | 0 | 5.123 | 02/10/2014 - 18:10 | Portuguese | |
Poesia/General | Se eu fosse ladrão roubava | 0 | 3.502 | 02/06/2014 - 16:54 | Portuguese | |
Poesia/General | Voltam não. | 0 | 3.078 | 02/05/2014 - 21:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Talvez o sonho do mar seja o meu pensamento. | 0 | 4.290 | 02/04/2014 - 18:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Inda que longe pareça. | 0 | 5.506 | 02/01/2014 - 10:13 | Portuguese | |
Poesia/General | O dia em que decidi morrer. | 0 | 6.412 | 01/28/2014 - 19:18 | Portuguese | |
Poesia/General | Curtos dedos | 0 | 3.666 | 01/27/2014 - 19:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Imprevisivel | 0 | 5.296 | 01/24/2014 - 11:03 | Portuguese | |
Poesia/General | Noção de tudo ser menor que nada | 0 | 4.841 | 01/23/2014 - 18:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Estátuas de cal-viva. | 0 | 3.406 | 01/21/2014 - 17:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Poeta acerca | 0 | 3.950 | 01/14/2014 - 18:38 | Portuguese | |
Poesia/General | O ruído da rua... | 3 | 3.469 | 12/04/2013 - 22:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Como um pensamento que te s'crevo... | 0 | 4.208 | 11/22/2013 - 17:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Daqui até ao fim é um pulo | 0 | 4.084 | 11/20/2013 - 16:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Às outras coisas que de mim conheço... | 0 | 4.465 | 11/20/2013 - 16:46 | Portuguese | |
Poesia/General | Nem os olhos m'alembram... | 3 | 5.195 | 11/19/2013 - 18:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Diáfana Profissão... | 0 | 6.715 | 11/19/2013 - 16:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Não paro,não escolho e não leio... | 0 | 5.360 | 11/19/2013 - 16:46 | Portuguese | |
Prosas/Others | O regressO | 0 | 4.745 | 11/18/2013 - 11:09 | Portuguese |
Comments
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Como é possível.
Como é possível, sem nada
Saber, tudo o que interessa
Ao entendimento, eu saber,
Do que de mim não entenda
Eu,se nem por onde vou,
Me é possível saber, se voo
O voo que posso voar, quedo,
Ou se me convenço, que vou
Onde não posso ir,como é
Possível que me conheça,
Senão num bocado, nesse
Que a ninguém convence,de cabeça
Mais parece que sou todo
Eu que aqui estive e estou
Perante vós, mas não estou
Nem estive, nem sou visto,
Como é possível eu ser nada,
Mais isso e perceber tudo isto,
Como a um cego sem ver,
Eu persiga…
Joel Matos (06/08/2015)
HTTP://namastibet.blogspot.com