Poeta acerca

Poeta acerca…
Pra’lém do que há, o mais certo é não haver
Mais nada a juntar ao que já existe…
Ideia absurda – a realidade ser equidistante,
Da visão dum louco, quanto do meu ver.
Em encontros casuais com a realidade,
Parecemos formar um par perfeito,
Funcional, diria até, um casal de respeito,
Que acaba discutindo como qualquer outro.
Coloquemos, entre quatro paredes, sem ar,
O quadro a óleo, de uma pintora morta, praticamente famosa…
Continuará abstrato, na anónima estrutura do pretenso lar,
Como uma peça morta, do que se pensa ser- A NATUREZA-
Assim somos, eu e a realidade, descremo-nos,
Mas procuramo-nos mutuamente, nos pensamentos
Um do outro, ansiosos, como tudo enquanto espera.
Apenas não creio que seja efetivamente verdadeira
Ou quem diz ser, estando eu um passo distante dela.
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca, que no fundo, tudo o resto ignora.
Jorge Santos (01/2013)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 2988 reads
Add comment
other contents of Joel
| Topic | Title | Replies | Views |
Last Post |
Language | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/General | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 6.009 | 06/21/2021 - 14:36 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | A sismologia nos símios | 1 | 6.627 | 06/21/2021 - 14:35 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Epistemologia dos Sismos | 1 | 5.289 | 06/21/2021 - 14:34 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Me perco em querer | 1 | 5.409 | 06/21/2021 - 14:33 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 6.210 | 06/21/2021 - 14:33 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 4.147 | 06/21/2021 - 14:33 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | A simbologia dos cimos | 1 | 5.667 | 06/21/2021 - 14:32 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Pangeia e a deriva continental | 1 | 6.413 | 06/21/2021 - 14:32 | Portuguese | |
| Poesia/General | Minh’alma é uma floresta | 1 | 3.633 | 06/21/2021 - 14:31 | Portuguese | |
| Poesia/General | O lugar que não se vê ... | 1 | 4.721 | 06/21/2021 - 14:31 | Portuguese | |
| Poesia/General | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 5.730 | 06/21/2021 - 14:31 | Portuguese | |
| Poesia/General | Apologia das coisas bizarras | 1 | 3.757 | 06/21/2021 - 14:30 | Portuguese | |
| Poesia/General | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 3.357 | 06/21/2021 - 14:30 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 4.539 | 06/21/2021 - 14:28 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Permaneço mudo | 1 | 4.248 | 06/21/2021 - 14:28 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Deixai-vos descer à vala, | 1 | 4.979 | 06/21/2021 - 14:28 | Portuguese | |
| Poesia/General | "Phallu" de Pompeii! | 1 | 5.897 | 06/21/2021 - 14:27 | Portuguese | |
| Poesia/General | Humano-descendentes | 9 | 6.823 | 06/21/2021 - 14:27 | Portuguese | |
| Poesia/General | Confesso-me consciente por dentro … | 1 | 7.060 | 06/18/2021 - 17:27 | Portuguese | |
| Poesia/General | Versão Endovélica de mim próprio | 32 | 5.959 | 06/17/2021 - 14:54 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Deixemos descer à vala, o corpo que em vão nos deram | 15 | 4.823 | 02/09/2021 - 08:55 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | A desconstrução | 38 | 5.560 | 02/06/2021 - 21:18 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Na terra onde ninguém me cala | 1 | 5.706 | 02/06/2021 - 10:14 | Portuguese | |
| Poesia/General | Esquema gráfico para não sobreviver à morte … | 5 | 6.213 | 02/05/2021 - 11:45 | Portuguese | |
| Ministério da Poesia/General | Tiras-me as palavras da boca | 1 | 5.083 | 02/03/2021 - 18:31 | Portuguese |






Comments
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
.
.
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Pra’lém do que há, haverá
Pra’lém do que há, haverá sempre, uma versão outra
Do real, escarrapachada nos céus, feita linha ou tela
E um poeta acerca,
Assim somos, eu e a realidade, descremo-nos,
Assim somos, eu e a realidade, descremo-nos,