ADVERSATIVOS

Tão nobre e vive a pedir asilo...
O pobre é engolido pelas ondas
Na vida das peripécias redondas
Onde não se sabe o que é aquilo.

Tão rico e sobrevive sem estilo...
O indigente só respira por sondas
Na existência de ações hediondas
Em que a fome mata o desvalido.

Tanta abundância sem um porquê,
É a carência que faz o mundo sofrer
Perante anacronismos coadjuvantes.

Diante duma abastança que é dossiê
Só há bolos com espinhos de glacê
E uma água cheia de anabolizantes!

DE  Ivan de Oliveira Melo

Submited by

Wednesday, July 15, 2020 - 03:09

Poesia :

No votes yet

imelo

imelo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 4 years 16 weeks ago
Joined: 09/09/2009
Posts:
Points: 1659

Add comment

Login to post comments

other contents of imelo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Love Amor Delinquente 2 2.304 09/16/2009 - 02:04 Portuguese
Poesia/Love Desejos os desejos 1 1.521 09/14/2009 - 19:43 Portuguese
Poesia/General Ansiedade 1 1.627 09/14/2009 - 19:28 Portuguese
Poesia/Love Pontos Estratégicos ( Alicerces do Amor ) 1 2.446 09/14/2009 - 19:19 Portuguese
Poesia/Aphorism Sentença Inevitável 1 1.584 09/12/2009 - 20:40 Portuguese
Poesia/General Alegorias Letais 1 1.759 09/09/2009 - 21:55 Portuguese