PARADOXOS HUMANOS

Interesse, fanatismo
Arrogância ou vaidade
Miséria ou mediocridade
-Qual verdade há nesse abismo?
Batizados, sem batismo
Deixam respeito de lado
E um ser que dizem sagrado
Usam no fisiologismo

O mal soberano invade
Prega o ódio e se entrosa
Política perigosa
Reina no campo e cidade
Diante dessa insanidade
É um paradoxo a figura
Que clama por ditadura
E fala em liberdade

Nesse contexto complexo
Que se espalha igual confete
O mundo inteiro compete
E as guerras são o reflexo
Mais um claro paradoxo
Do homem, que monitora
Ameaças espaço afora
Mas destrói o seu endereço

Dos riscos que corre a Terra
Sabe dia e hora exata
Ao mesmo tempo desmata
Polui e ainda faz guerra
E o meu pensamento emperra
Não entende o que acontece
Sem crer em milagre ou prece
Faz de mim cova e se enterra.

SÉRGIO DA SILVA TEIXEIRA
BAGÉ/RS/BRASIL.