Noites

Noites
Agrada-me a noite.
A sensação que a dor foi dormir
e que eu já posso ir.
Agrada-me o perfume das Acácias
e o intervalo entre as falácias.

O Céu da Noite se deixa contemplar.
Talvez o deus que o habite seja mais crível
e a Verdade mais acessível.

É o fim do Sol e de seu egoísmo.
As estrelas trazem novos lirismos.
Pontes sobre todos os abismos.
Samambaias bailam como Homens sós.
E o amor já não se divide em Antes e Após.

A vida, à Noite, comporta fantasias.
Bani as tolas ironias
que a luz excessiva
revelava como chaga viva.

A noite nos traz qualquer Poesia.
E esquecemos o horror escancarado pelo dia.
É a hora de amar.
Hora, Lilian, de te amar.
Meu doce verbo, de noturno conjugar.

Submited by

Friday, October 2, 2009 - 15:34

Poesia :

No votes yet

fabiovillela

fabiovillela's picture
Offline
Title: Moderador Poesia
Last seen: 8 years 44 weeks ago
Joined: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comments

mariamateus's picture

Re: Noites

fabiovillela

Fantástico!

este seu soneto gostei!

sublinho a frase, bem concebida :-?

O Céu da Noite se deixa contemplar.
Talvez o Deus que o habite seja mais cível
e a Verdade mais acessível.

Abraço luz :-)

MarneDulinski's picture

Re: Noites

Fabiovillela!
Noites

A noite nos traz qualquer Poesia.
E esquecemos o horror escancarado pelo dia.
É a hora de amar.
Hora, Lilian, de te amar.
Meu doce verbo, de noturno conjugar.

Lindo Poeta, vejo que tua amada Lilian não te sai do coração, é um exemplo de amor fiel!

MarneDulinski

Gisa's picture

Re: Noites

Maravilhoso poema, de uma sensibilidade sem fim! Também amo a noite, abraços.

FlaviaAssaife's picture

Re: Noites

Fabio,

Como todos os teus textos uma delícia de ler!

abraço

Add comment

Login to post comments

other contents of fabiovillela

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/General Vagos 0 3.199 08/21/2014 - 22:37 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte XI - A Ética baseada na Sabedoria 0 5.687 08/20/2014 - 16:07 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte XI - A Ética baseada no Saber 0 5.225 08/19/2014 - 16:33 Portuguese
Poesia/Love Habitas 0 5.370 08/18/2014 - 14:41 Portuguese
Prosas/Others Pobres velhos... Tristes tempos... 0 6.403 08/16/2014 - 22:32 Portuguese
Poesia/Dedicated A dor de Cesária 0 2.071 08/16/2014 - 01:38 Portuguese
Poesia/Love As Histórias 0 6.524 08/14/2014 - 16:54 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte X - Matéria e Mente 0 4.924 08/14/2014 - 16:46 Portuguese
Poesia/Dedicated Ana e Flávia 0 2.015 08/13/2014 - 15:50 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte IX - Deus e a Natureza 0 4.507 08/12/2014 - 23:51 Portuguese
Poesia/Dedicated Os Pais 0 3.199 08/10/2014 - 14:53 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte VIII - A Ética - Livro III, IV e V - A Moral Geométrica 0 5.912 08/10/2014 - 03:06 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte VIII - Livro II (Da Mente) o Homem 0 1.630 08/08/2014 - 15:41 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte VI - A Ética - Preâmbulo e Livro I 0 4.787 08/07/2014 - 15:13 Portuguese
Poesia/General Saguão 0 3.297 08/05/2014 - 16:35 Portuguese
Prosas/Others Jorge Luis Borges - O OUTRO - Resenha 0 7.446 08/05/2014 - 15:40 Portuguese
Poesia/Love Demiurgo 0 3.889 08/03/2014 - 16:43 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte VI - O Progresso do Intelecto 0 3.759 08/02/2014 - 22:06 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte V - Tratado sobre a Religião e o Estado 0 7.173 08/01/2014 - 16:42 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte IV - após a expulsão 0 7.491 07/30/2014 - 14:42 Portuguese
Poesia/Love Cristais 0 3.277 07/29/2014 - 01:44 Portuguese
Poesia/General Temporal 0 5.467 07/26/2014 - 21:24 Portuguese
Poesia/General Livres 0 3.968 07/26/2014 - 01:05 Portuguese
Poesia/Love Habitastes 1 2.917 07/25/2014 - 23:49 Portuguese
Prosas/Others Spinoza e o Panteísmo - Parte II - A formação do jovem Baruch 0 5.086 07/24/2014 - 16:08 Portuguese