Sopro
Consomem-se os dias no calor do sol
E o vento arrasta os mistérios de nós
Para barcas estranhas e velhas
Do conhecido saber nosso
Esconder dos outros o reflexo do espelho
E este deformado encaminha-o a um Bals Masqués
Onde as ruas são feitas de andantes disformes
& você
Pobre anônimo inconsciente
Torna-se um deles
Anseia por dores que não vem
Ser incapaz de distinguir nos olhos
A imagem que propriamente criou de si
''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
A cada hora tenho a dolorosa
Sensação, agradável todavia,
De ir aos encontrões atrás da alegria
Duma plebe farsante e copiosa... (Álvaro de Campos)
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 703 reads
Add comment
other contents of Anita
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | Primaveras | 5 | 413 | 11/17/2009 - 20:51 | Portuguese | |
Poesia/General | Opaco | 5 | 594 | 11/17/2009 - 14:37 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | A dor dos montes | 4 | 830 | 11/09/2009 - 04:35 | Portuguese |
- « first
- ‹ previous
- 1
- 2
- 3
Comments
Re: Sopro
Vem um sopro, cai a máscara...mas não leva a lágrima do reflexo que me encara
Gostei bastante
Bjos
Re: Sopro
Nada mais nada menos do que a realidade :)
Gostei parabéns
Re: Sopro
LINDO POEMA, GOSTEI!
MEUS PARABÉNS,
Marnedulinski