À margem de mim

Do pouco que me conheço
Não sei se lembro ou esqueço
Tudo aquilo que já fui
Nem sei se o sangue é espesso
Mas sei que em mim já não flui

Trago nas mãos, impotentes,
Artroses, calos de vida
Deformações do presente
E um coração ausente
Que bate à margem de mim

Já não sei se a minha história
Alguma vez foi de glória
À sombra do que já fui
Sou o que resta de mim

Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal

Submited by

Sunday, November 29, 2009 - 20:42

Poesia :

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Nanda

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Comments

HelenaIsabel's picture

Re: À margem de mim

Simplesmente lindo!
sublime!

bjs

Gisa's picture

Re: À margem de mim

Já não sei se a minha história
Alguma vez foi de glória
À sombra do que já fui
Sou o que resta de mim

E o que resta é muito, é glória, talento sem fim, és a mesma, não importa o tempo que passou, sempre será! Abraços

jopeman's picture

Re: À margem de mim

Lindissimo

As marcas do tempo na pele presente, que chora pela deformação que sente.

Em ti, do pouco que conheço, há um talento que reconheço.

Gostei mto
Bjos

Obscuramente's picture

Re: À margem de mim

E do que sobrou de ti...
nascem versos, à beira do peito
e ficam cravados, em mim...

Gostei muito do teu poema. beijo.

FlaviaAssaife's picture

Re: À margem de mim

Nanda,

Lindos versos sentidos, cicatrizes da vida que nos marcam e fazem sofrer, mas, que, também, nos ajudam a evoluir, crescer e aprender... E ainda, nos trasnformarmos, fazermos a diferença... Assim como você em tuas escritas cheias de emoção!

Parabéns! BJs :-)

MarneDulinski's picture

Re: À margem de mim

LINDO POEMA, NANDA!
PENSO QUE NO POEMA TE REFERES A UMA PERSONAGEM DISTINTA, E NÃO A VOCÊ, POR QUE VOCÊ AINDA É MUITO JOVEM LINDA E SIMPÁTICA, PARA ESTAR APRESENTANDO, TODAS MARCAS NARRADAS!
Meus parabéns,
MarneDulinski

RobertoEstevesdaFonseca's picture

Re: À margem de mim

Nanda.

O ser humano passa com o tempo, mas sua obra, quando é grande, fica para sempre. E a sua obra ficará.

Adorei.

Beijos,
REF

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