Serenata cantada na entrada de fora do amor

Pego um violão
Desses, que eu não sei nem como se toca

Pego um chapéu
Mexicano, a minha sombra para a luz que cega na noite nublada

Ando na rua
Olhos parados em mim
No carro a dona que é bela parece admirar minha fé

Chego
Na entrada de fora de onde moras

Primeiros acordes - fracasso

Voz travada no embargo
Repito o primeiro passo

E passo... Paro naquela que é mesma chegada
E tento.. Atento: não sou nenhum avarento

Perdidas as pontas dos dedos
Perdidas as cordas do violão
Perdido no caminho...

O chapéu atirado ao ar

A voz do sol vem
Vem, como o sorriso que ganhei na caminhada
Daquela dona muito bela que, sinceramente vim a amar

Persisto, porém
Já não há música tentada
Agora, fiquei só na estrada
A ver cada carro
E a aplaudir, discreto
Os meus subjetivos concretos
Que foram, um dia escondidos
Sob a incerteza de mim
Numa fatídica serenata cantada na entrada de fora do amor.

Submited by

Thursday, March 25, 2010 - 00:00

Poesia :

No votes yet

robsondesouza

robsondesouza's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 5 years 16 weeks ago
Joined: 01/08/2010
Posts:
Points: 998

Comments

mariacarla's picture

Re: Serenata cantada na entrada de fora do amor

Sorri ao imaginar o poeta numa serenata para a sua amada cantada na entrada de fora do amor!

Gosto de te ler!

beijinho

Carla

Henrique's picture

Re: Serenata cantada na entrada de fora do amor

A voz do sol vem
Vem, como o sorriso que ganhei na caminhada
Daquela dona muito bela que, sinceramente vim a amar...

Muito bonito!!!

E que bela serenata!!!

:-)

Add comment

Login to post comments

other contents of robsondesouza

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/Disillusion Poesia do desamor 0 1.566 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditation Leituras de uma vida 0 1.158 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Poeta 0 1.213 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditation Em virtude de mim 0 770 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Love Ao silêncio resta o entendimento 0 1.033 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditation Quando os sons se tornam luz 0 974 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Meretrícios 0 1.346 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Sadness Nas últimas 0 1.097 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Disillusion Mentes 0 1.216 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Disillusion Era uma vez uma poesia 0 1.078 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/Love Para o amor que é amado 0 845 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Prosas/Drama A apelação 0 1.181 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Poesia/Sadness Niilismo cantado 0 1.426 11/18/2010 - 16:06 Portuguese
Poesia/Meditation Poesia Autodestrutiva (4ª parte) 0 835 11/18/2010 - 16:01 Portuguese
Poesia/Meditation Poesia Autodestrutiva (3 ª parte) 0 1.132 11/18/2010 - 16:01 Portuguese
Poesia/Comedy Entretanto e Porém 0 1.018 11/18/2010 - 15:28 Portuguese
Poesia/Meditation Apogeu 0 1.471 09/15/2010 - 15:12 Portuguese
Poesia/Thoughts Entre-te a ti para que eu entenda-me! 1 880 09/08/2010 - 02:37 Portuguese
Poesia/Meditation Falei meus planos toscos a uma semana tola 3 749 09/01/2010 - 01:13 Portuguese
Poesia/Disillusion Sabes da dor chorada na inexistência das lágrimas? 1 704 08/16/2010 - 23:07 Portuguese
Poesia/Thoughts Certo, façamos poesia! 2 834 07/18/2010 - 13:12 Portuguese
Poesia/Meditation Cara... A falta faz Coroa 1 918 07/17/2010 - 23:32 Portuguese
Poesia/Meditation Enganos convictos sobre a certeza do equívoco 1 1.043 07/04/2010 - 13:41 Portuguese
Poesia/Dedicated Duma folha que cai, imagens que surgem... 1 784 07/01/2010 - 19:52 Portuguese
Poesia/Disillusion O dia em que eu não nasci 1 781 06/30/2010 - 21:32 Portuguese