Vai-te, Ó Gigante
Quando saíste, e, contigo, a luz levaste
Cruel castigo, me ditaste
Por ele eu me fadigo
Mendigo…
Mergulhado na escuridão,
Desolado
Vida pálida; branco papel
Borrão,
Cutelo.
Ó martelo, que me massacras alma, e coração,
Porque, de mim, não tens compaixão?
Oh pavor…
Horror
Imensidão latente
Sufocante desventura
Morte prematura
Permanente,
Como tu me atormentas, imensamente, e me sufocas, o coração…
Se voltasses, e me olhasses
Se visses o tremor, de meu lábio; de minha mão…
O temor, de minha alma, que não mais encontra a calma…
Também tu tremerias
E, se não fora por amor,
Por compaixão,
Decerto, à minha cabeceira pernoitarias
Ó mar tempestuoso, onde me lancei, e me afogo
Te rogo
Não deixes que parta a sereia, que, fugitiva, passiva, me deixa à deriva
Pois ela tem a minha alma cativa
Adamastor…
Afugenta o vampiro,
Esse morcego, sinistro,
Que me consome o sossego
Vai-te solidão
Devassidão!
Monstro impiedoso
Ditador de injustiça, gritante
Estupor,
Que, por minh`alma, disseminas a dor.
Tu és ditoso, ignorante!
Vai-te, tu, ó Gigante Adamastor, pois, que a meu âmago atormentas
Tu, és horror, que não ministro
Vai-te, ó horrenda expectativa, promissiva, passiva
Se, apenas, de ilusão tu me alimentas…
apsferreira
Mulher bonita é difícil viver sem ti...
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 764 reads
Add comment
other contents of apsferreira
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | O Homem e o Passarinho | 1 | 5.948 | 04/15/2011 - 17:33 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O Perfume, da Bela Rosa | 2 | 1.991 | 04/01/2011 - 23:35 | Portuguese | |
Poesia/Love | O SOL E A LUA (O Ciúme) | 1 | 1.573 | 03/27/2011 - 12:29 | Portuguese | |
Poesia/Love | Alguns poemetos escritos, ao meu amor | 1 | 1.985 | 03/19/2011 - 00:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | Meu Amor... | 2 | 1.314 | 03/02/2011 - 13:15 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Aquele Momento | 1 | 1.883 | 02/26/2011 - 15:11 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Encanto | 0 | 1.957 | 02/25/2011 - 16:31 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Meu amor, logo ao serão... | 3 | 2.277 | 02/11/2011 - 21:48 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Condescendência | 2 | 1.550 | 02/11/2011 - 15:36 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Uma flor, para ti | 1 | 1.909 | 02/11/2011 - 14:18 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | Que a minha loucura seja perdoada | 1 | 3.083 | 02/11/2011 - 03:07 | Portuguese | |
Críticas/Miscellaneous | Que a minha loucura seja perdoada | 0 | 3.506 | 02/06/2011 - 22:10 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Reflexão, sobre o Amor (?) | 0 | 4.073 | 02/03/2011 - 23:16 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Condescendência | 0 | 2.048 | 02/02/2011 - 19:03 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | No Coração, de uma Mulher | 0 | 3.062 | 01/22/2011 - 13:31 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Beija-me | 1 | 1.806 | 01/11/2011 - 19:43 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Os teus Olhos | 1 | 1.464 | 01/11/2011 - 19:40 | Portuguese | |
Poesia/Love | O clarear | 1 | 1.424 | 01/11/2011 - 19:36 | Portuguese | |
Poesia/Love | São raios de sol | 3 | 2.128 | 01/07/2011 - 22:29 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Declaração de amor | 3 | 3.128 | 01/07/2011 - 14:39 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Será loucura? | 2 | 1.584 | 01/07/2011 - 14:21 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Escuridão | 2 | 1.684 | 01/06/2011 - 22:41 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | As Duas Faces da Moeda | 1 | 1.244 | 01/06/2011 - 15:44 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Que sou eu? | 2 | 1.373 | 01/05/2011 - 23:06 | Portuguese | |
Poesia/Love | Meu Fado | 1 | 2.132 | 01/05/2011 - 23:02 | Portuguese |
Comments
Re: Vai-te, Ó Gigante
Sente-se o desespero nas palavras e a dor nas entrelinhas amigo :-( mas MARAVILHOSO no seu 'todo'.
Adorei Albano!
beijos meu amigo e um bom fim de semana cheio de paz...
Re: Vai-te, Ó Gigante
Belíssimo poema, forte e muito intenso.
Abraço
Nuno
Re: Vai-te, Ó Gigante
Ó mar tempestuoso, onde me lancei, e me afogo
Te rogo
Não deixes que parta a sereia, que, fugitiva, passiva, me deixa à deriva
Pois ela tem a minha alma cativa...
Valente, um estilo que não te conhecia!!!
Soberbo!!!
:-)
Re: Vai-te, Ó Adamastor
Querido Albano,
Este é dos teus o que mais gostei, ao mesmo tempo que ele eleva a alma em aflição revela a serenidade de um puro coração.
Quando saíste e, contigo, a luz levaste
Cruel castigo, me ditaste
Se voltasses, e me olhasses
Se visses o tremor, de meu lábio; de minha mão…
O temor, de minha alma, que não mais encontra a calma…
Também tu tremerias
E, se não fora por amor,
Por compaixão,
Decerto, à minha cabeceira pernoitarias.
Lindo.
Beijos no coração
Cecilia Iacona