Nem que
nem que me rotulem de travesso
que não abdico viver no rio solidão
e o disfarce me virem do avesso
(ainda assim)
nadarei na corrente e turbilhão.
jacaréu na panela d'agua quente
rei preto no tabuleiro de xadrez
serei tudo que o destino invente
e permita nadar na minha desfaçatez
ando barbudo de um lado e d'outro
desta cara de vagabundo matreiro
onde o mar barbeia e cria o mexilhão
fiz um sinal gigante na areia da praia
quando vi aparecer no longe uma sereia
mas ela não, não viu,fugiu da minha solidão
Jorge Santos
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Sunday, January 9, 2011 - 21:17
Poesia :
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Comments
Nem que caiam estrelas do
Nem que caiam estrelas do céu
não mudarei o meu rotulo , meu papel ....
muito bom amigo poeta ,e no final há uma invasora contra a solidão ...
solidão de mais mata ....
Beijos
Susan
solidão nem se dá nem se
solidão nem se dá nem se perde
quanto ao perdão e´uma esclerose
é uma necrose é uma febre
quando não mata prescreve
e não mais serve,não mais serve
solidão é um origami em papel jornal nem se dá nem se perde
nasce-se com ela enquistada
aonde na alma não fede e cresce até rachar,rachar a pele
e saír monstra, pla frente de nós c'mun Tsunami
"Nem que"
Olá amigo meu,
(As barbas nascem no rosto dos Homens)
O turbilhão aclama o sofrego desejo de conquistar as coisas lindas e essas, Viajam de verdade no teu coração.
Adorei o teu poema: Profundo, real como algo que se toca.
Muito bom!
Um abraço