Repouso
Repouso
Sorrindo,
ar envergonhado,
deixo-te aproximar
e afagar,
alguns fios de cabelo,
emaranhados
em caracóis,
repousados
nos ombros desnudados.
Aconchegando
a écharpe descaída,
tapando esse nu
descuidado,
afasto-me
da tentação
de aproximar
os dedos ansiosos
e mergulhar
nos lisos
escorregadios
de um cabelo farto.
Fitando
os olhos cerrados,
magnetizados
pelo teu sentir
solto a mão,
ficando inerte
um instante
em momento de ilusão…
E em pura fantasia
espraio-me
em verdes
atapetando
um chão
exalando odores,
quentes,
após chuva de Verão!
OF 22-01-2011
Submited by
Sunday, February 13, 2011 - 02:52
Poesia :
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Comments
Odete Ferreiura! Lindo
Odete Ferreiura!
Lindo seu poema, gostei por isso destaco o lindo fecho!
"E em pura fantasia
espraio-me
em verdes
atapetando
um chão
exalando odores,
quentes,
após chuva de Verão!"
Meus parabéns,
MarneDulinski
Repouso
Obg, MarneDulinski, pela leitura e apreciação!
A poesia também tem cheiros, evocados pelas palavras...
:)
Bravo, querida! Seu poema me
Bravo, querida! Seu poema me vem como uma boa música -- um samba, uma bossa, uma canção de Vanessa da Mata... Parabéns.
Repouso
Obg André...Muito gentil, seu comentário...
Vou pesquisar sobre Vanessa da Mata, pois não conheço...
:) ;)